Com os planos de transição energética, importa melhorar métodos e abordagens, no sentido de tornar os carros elétricos mais apetecíveis. Assim sendo, a Stellantis investiu 29,5 milhões de dólares numa tecnologia inovadora de túnel de vento, por forma a melhorar a aerodinâmica destes veículos.
A otimização da eficiência aerodinâmica é crucial no esforço para aumentar a autonomia dos veículos elétricos com um único carregamento. Melhorá-la significa que os clientes terão carros com maiores alcances e, potencialmente, baterias mais pequenas, que, por conseguinte, pode resultar em pesos menores.
A autonomia é uma consideração fundamental para os clientes que estão a fazer a transição para uma mobilidade mais limpa através da energia das baterias.
Afirmou Mark Champine, vice-presidente sénior e diretor dos centros técnicos de engenharia da Stellantis na América do Norte.
Considerando o impacto da otimização da aerodinâmica, a Stellantis investiu 29,5 milhões de dólares na atualização do seu túnel de vento. Este, que é capaz de gerar velocidades de vento superiores a 160 mph, tem estado em funcionamento contínuo desde 2002.
Na perspetiva de Mark Champine, a atualização do túnel de vento é importante, pois “ao reduzir a resistência, melhoramos a autonomia dos veículos elétricos e, em última análise, a experiência global de condução dos clientes”.
O grupo automóvel apresentou a sua tecnologia Moving Ground Plane (MGP) no centro técnico e de investigação da empresa, em Auburn Hills, no Michigan.
Túnel de vento reduzirá a resistência ao fluxo de ar dos elétricos da Stellantis
Por via de um investimento de 29,5 milhões de dólares, a Stellantis expandiu a capacidade do seu túnel de vento de classe mundial com a tecnologia MGP.
Uma vez melhorado, o túnel de vento será capaz de medir e reduzir a resistência ao fluxo de ar das rodas e pneus, que podem representar até 10% da resistência aerodinâmica total no mundo real.
Esta atualização do túnel de vento aeroacústico da Stellantis simula viagens no mundo real, permitindo que os veículos de teste permaneçam estáticos.
Segundo a empresa, correias suspensas por almofadas de ar permitem o movimento das rodas nos quatro cantos, enquanto uma quinta correia corre longitudinalmente por baixo do veículo, imitando as condições de deslocação em estrada.
Desta forma realista, a empresa consegue conduzir testes mais precisos e introduzir melhorias aerodinâmicas.
No caso dos veículos elétricos, o aumento da autonomia possibilitado por uma aerodinâmica melhorada pode levar a potenciais reduções do tamanho das baterias.
Isto tem implicações positivas devido a poupanças mais eficientes na relação packaging-to-weight que, no final, irão melhorar a experiência do cliente.
Esclareceu Mark Champine, acrescentando que este túnel de vento “é um excelente complemento para as ferramentas virtuais, que podem não ter em conta fatores como a deformação dos pneus, que podem comprometer a aerodinâmica”.
O investimento na tecnologia MGP beneficiará várias marcas do grupo Stellantis, independentemente do local onde são vendidas ou da forma como são alimentadas.
Embora a Stellantis utilize a tecnologia MGP noutras instalações em todo o mundo, essas centram-se em plataformas de veículos mais pequenas.
Por sua vez, as instalações atualizadas de Auburn Hills serão capazes de acomodar veículos maiores, particularmente aqueles baseados nas plataformas STLA Large e STLA Frame.