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Se os elétricos invadirem as estradas, será preciso repensar as luzes de travagem

As luzes de travagem são essenciais aquando da condução. Contudo, por poderem funcionar de forma ligeiramente diferente nos carros elétricos, a desejada eletrificação poderá torná-las obsoletas e obrigar-nos a repensá-las.


Embora haja híbridos com esta peculiaridade, é nos elétricos que o pedal único se vê mais, tendo sido mais desenvolvido e mais bem trabalhado para os integrar, especificamente. Esta alternativa, que para muitos não será novidade, baseia-se num sistema de travagem regenerativa.

O que é um sistema de travagem regenerativa?

Além da função de travagem, este sistema possibilita ainda o carregamento em andamento (ainda que parcial) das baterias de alta voltagem.

Conhecido como sistema de travagem recuperativa ou elétrica, esta tecnologia aciona o gerador do carro durante as travagens e as desacelerações. Este processo permite alimentar parcialmente as baterias, com a conversão da energia cinética da travagem em energia passível de armazenamento.

Basicamente, nas desacelerações e travagens, o sistema de travagem regenerativa transforma a inércia em eletricidade.

Apesar de ser prática para os condutores e ter muitas vantagens associadas, há um pormenor a ser apontado à travagem regenerativa: ao contrário do que acontece, normalmente, as luzes de travagem não acendem para dar conta, aos condutores que seguem atrás, da desaceleração do carro.

Sistema de travagem regenerativa. Fonte: ACP

Por exemplo, Saúl López, que cria conteúdo relacionado com a Tesla, adverte, há vários anos, que o seu Model S não ativa as luzes de travagem com a travagem regenerativa, quando alcança velocidades acima de 136 km/h.

Esta questão da ativação das luzes de travagem, aquando da utilização da travagem regenerativa, depende muito de fabricante para fabricante e de modelo para modelo.

Efetivamente, nos Estados Unidos da América, as fabricantes não são obrigadas a assegurar que as luzes de travagem acionam aquando da ativação da travagem regenerativa, pois não se considera que esta faça parte do sistema de travagem.

Contudo, na Europa esta questão viu-se regulamentada, em março. O documento explica que os carros com travagem regenerativa terão de ver as luzes de travagem ativadas, quando desacelerarem a uma velocidade superior a 1,3 m/s. Abaixo desta, não será obrigatório.

 

Tendo em conta a intenção de massificar a utilização de carros elétricos, será que devemos repensar as luzes de travagem?

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