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Novos aviões ameaçam domínio dos céus da Airbus e Boeing

O mercado de aviação de passageiros é um dos setores mais lucrativos no ramo da aviação e um dos expoentes máximos no que toca a tecnologia e segurança. Nos últimos 15 anos este setor foi dominado pela Airbus e pela Boeing, no entanto, nos últimos anos, foram criadas novas empresas com o intuito de “combater” este duopólio.

Hoje viajar de avião está mais barato, mais rápido e seguro. O novo paradigma da aviação comercial enfrenta agora uma acérrima concorrência pelo domínio “dos ares”. Mas quem são os novos “desafiadores”?


Muito provavelmente, em toda a sua vida, só ouviu falar nos “A310, A320… e afins”, ou nos “Boeing 747, 767, 777, 787, etc…”. Estes são dos mais populares aviões que cruzam os céus de todo o mundo e são igualmente os trunfos das duas gigantes empresas de aviação, a europeia Airbus e a americana Boeing. O domínio dos ares, no que toca a transporte comercial de passageiros, ainda é destas duas empresas.

 

China e Rússia querem entrar nesta “guerra”

Na passada segunda-feira, a China COMAC e a United Aircraft Corporation da Rússia anunciaram uma parceria chamada China-Russia Commercial Aircraft International Corporation ou CRAIC. Segundo as duas empresas, esta nova parceria terá como foco o desenvolvimento de um novo avião de longo curso e de corpo largo.

CRAIC é o resultado de um acordo assinado pela COMAC e UAC em junho de 2016 com a autorização do presidente chinês Xi Jinping e do presidente russo Vladimir Putin.

Vamos cooperar sinceramente com a UAC, iremo-nos unir como um só, e iremo-nos esforçar para fazer deste programa um modelo para a cooperação chino-russa.

Seguiremos os mais recentes padrões internacionais de aeronavegação, construiremos aviões de corpo largo e de longo curso mais competitivas e esforçaremo-nos para oferecer aos nossos clientes um melhor serviço e fazer novas contribuições para o mercado global da aviação.

Estas declarações foram proferidas pelo presidente da COMAC, Jin Zhuanglong, em comunicado. Na mesma altura também foi dado a saber que a nova parceria será sediada em Xangai perto das instalações da COMAC e a produção do próximo avião será também na mesma cidade chinesa.

Além do novo avião desta parceria, existe uma série de aviões de última geração que prometem desafiar o domínio da Airbus e Boeing no mundo da aviação. Nos últimos meses têm surgido alguns exemplos de aviões que vão desafiar os gigantes do momento. Contudo, antes de chegarmos aos ditos desafiadores, vamos dar uma vista de olhos nas ofertas da próxima geração da Airbus e Boeing.

 

Airbus A330neo

O A330neo é uma versão atualizada do Airbus A330, com a nova geração de motores de baixo consumo, um novo design das asas e centro de controlo atualizado. O A330neo pode ser equipado com 287 assentos.

Airbus A330neo

 

Boeing 737 MAX-Series

O 737 MAX é a versão mais recente do mais antigo avião de médio curso da Boeing, o 737, que já percorreu os céus durante mais de 50 Anos. A Boeing deu aos seus novos 737, novos motores, asas, centros de controlo e uma série de outras atualizações. A série 737 MAX é composta de quatro variantes diferentes que poderá ir até 220 assentos.

Boeing 737 MAX

 

Boeing 787 Dreamliner

O 787 Dreamliner é uma família de aviões de corpo largo de longo curso de próxima geração. O Dreamliner composto de carbono está disponível em três variantes conseguindo ter até 330 330 assentos. Este Boeing 787 tem um alcance de 8.700 milhas.

Boeing 787 Dreamliner

 

Boeing 777X

O Boeing 777X é o mais recente da família 777. O 777X deverá substituir não só as versões existentes do 777, mas também o icónico 747 da Boeing. Este super avião tem capacidade para 425 lugares e tem como objectivo fornecer custos mais baixos que o super jumbo da Airbus, o A380.

Boeing 7777X

 

Airbus A380

O Airbus A380 é uma aeronave widebody quadrimotor a jato para o transporte de passageiros e cargas, fabricado pela EADS Airbus. É o maior avião comercial do mundo. O A380 fez o seu primeiro voo a 27 de abril de 2005 e entrou em serviço comercial em outubro de 2007.

O A380 tem uma cabine de 478 metros quadrados de espaço utilizável de piso e oferece capacidade para 525 pessoas numa configuração de três classes ou até 853 pessoas numa única classe económica. O A380 tem alcance de 8 500 milhas náuticas (15 700 km), suficiente para voar sem escalas de Dallas para Sydney, e uma velocidade de cruzeiro de Mach 0,85 (cerca de 900 km/h, 560 mph ou 490 kN a uma altitude de cruzeiro).

Airbus A380

 

Aviões que vão atacar a supremacia Boeing e Airbus

 

Bombardier C-Series

O Bombardier C-Series é o maior rival da Airbus e da Boeing. Embora esta fabricante de aviões do Canadá tenha uma importância significativa nos aviões regionais, esta série C é a primeira vez que a empresa tem para competir com os grandes da aviação. O avião da Bombardier tem, até agora, tem tido dificuldades para conseguir o nível de vendas como o 737 e o A320, embora esta tenha sido aclamada pela crítica pelo seu desempenho, eficiência e design. A C-Series pode acomodar até 160 assentos.

Bombardier C-Series

 

Embraer E-Jet E2

Tal como a Bombardier, a Brasileira Embraer tem uma grande presença dos aviões regionais e pretende também criar uma nova geração de aviões para combater a gama de médio alcance da Airbus e Boeing. Este aparelho estará disponível em três versões, o E175-E2 com 88 lugares, o E190-E2 com 106 e o E195-E2 com 132 lugares.

Este avião estará equipado com os motores Pratt & Whitney’s e entrará em serviço em 2018, neste momento já contam com 270 encomendas.

Embraer E-Jet E2

 

Mitsubishi MRJ

O Mitsubishi MRJ é o primeiro avião comercial nativo do Japão em 50 anos. O MRJ ou Mitsubishi Regional Jet possui duas variantes, o MRJ70 com 80 lugares e MRJ90 com 92 lugares. Espera-se que este avião entre no mercado como uma alternativa à Boeing e Airbus nas ligações domésticas do país.

Este avião é equipado com um motor Pratt & Whitney’s e é esperado que entre ao serviço em 2018. Neste momento a empresa já tem cerca de 220 encomendas.

Mitsubishi MRJ

 

COMAC ARJ21

O COMAC ARJ21 é o primeiro avião da China moderno. COMAC ou Corporação de Aeronaves Comerciais da China, foi fundado em 2008 para desenhar e produzir aviões para a indústria de aviação crescente do país. A Boeing afirmou recentemente que as companhias aéreas chinesas deverão encomendar mais de 6.300 aviões nos próximos 20 anos, com um valor total de 1 trilião de Dólares. Este ARJ21 é um avião regional de 90 lugares desenhado para serviços de curto-médio curso.

COMAC ARJ21

 

COMAC C919

O C919 é o primeiro avião principal da COMAC desenhado para combater diretamente com o Airbus A320neo e o Boeing 737 MAX. Este avião de 168 lugares será propulsionado por um par de motores CFM LEAP-1C.

Até agora, a COMAC tem 517 encomendas para o C919 sendo que quase todas correspondem a companhias chinesas. Espera-se que este avião de passageiros, construído em Xangai, entre em serviço em 2020. Este C919 fez o seu primeiro voo neste mês de maio de 2017.

COMAC C919

 

Irkut MC-21

O Irkut MC-21 é o mais recente avião comercial da indústria russa de aviação. Este MC-21 estará disponível em duas versões – o MC-21-200 com 165 lugares e o MC-21-300 com 211 lugares. O Irkut MC-21 estará disponível com duas opções de motor – o russo Aviadvigatel PD14 e o americano Pratt & Whitney PW1440G.

O Irkut tem atualmente 175 pedidos do MC-21, feitos quase que exclusivamente por companhias aéreas russas e empresas de leasing. Embora a Irkut não tenha ainda histórico na aviação comercial, a empresa tem uma longa história na construção de alguns dos aviões militares de elite do mundo. Além disso, a Irkut também fábrica componentes para o rival Airbus A320 desde 2004.

Irkut MC-21

 

CRAIC 929

A CRAIC (China-Rússia Commercial Aircraft International Corporation) foi criada para desenvolver um avião capaz de quebrar o domínio da Airbus e da Boeing, no que toca a um segmento de transportes aéreos que cresce de forma avassaladora.

Este avião de passageiros ainda não tem nome oficial, no entanto, tem sido nomeado de 929. Pouco ainda se sabe sobre esta aeronave, mas a CRAIC está a apontar para um avião com cerca de 280 lugares e um alcance de 7.500 milhas. Este “929” deverá ainda demorar cerca de uma década para se desenvolver.

CRAIC 929

Estes são alguns exemplos que podem ser vistos como o presente e o futuro do transporte aéreo de passageiros numa altura em que se torna um mercado extremamente atraente dados os baixos preços das passagens assim como a aposta em aviões mais económicos, mais confortáveis e que possam ter rotas mais diversificadas.

A tecnologia tem evoluído de forma significativa neste setor, contudo, a segurança cada vez mais apertada e as regras que são impostas aos passageiros lutam lado a lado no que é simples, prático e confortável com o que é restrito e, de alguma forma, ameaçador.

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