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Moto elétrica Blacksmith B2 oferece 240 quilómetros e custa pouco mais de 3500 euros

Os veículos elétricos começam a popularizar-se um pouco por todo o mundo. Contudo, se em alguns países mais desenvolvidos os carros são uma prioridade, noutros quem mais ordena são as duas rodas. Nesse sentido, a Blacksmith B2 é um motociclo elétrico, desenvolvido na Índia, e mistura de design clássico com o avanço tecnológico. Promete mudar as estradas disponibilizando uma grande autonomia a um preço muito acessível.

Podemos imaginar as estradas sem os poluidores carros a combustíveis fósseis. Contudo, retirar os motociclos barulhentos e poluidores poderá ter um impacto muito maior em muitos países.


Blacksmith B2 – Moto elétrica que tem um mercado de milhões

Claramente este é um exemplo de como em breve os veículos elétricos estarão muito baratos e ao alcance de qualquer pessoa. Essa é a aposta da marca indiana Blacksmith.

A moto elétrica Blacksmith B2 é a terceira evolução do protótipo da nova empresa Blacksmith Electric, que promete uma grande autonomia combinada com um sistema de baterias substituíveis. Embora o seu motor elétrico tenha uma potência justa para o propósito para o qual foi desenvolvido, as suas duas baterias são capazes de oferecer até 240 quilómetros de autonomia (120 km cada).

A facilitar esta ideia estará por trás uma rede de estações de substituição que permitirá que o utilizador recupere esta autonomia em poucos minutos.

 

Índia é um mercado que poderá dinamizar o mundo das duas rodas elétricas

A Blacksmith Electric é uma empresa recém-criada com sede em Chennai, na Índia. Esta tem desde 2003 o objetivo de oferecer aos seus clientes uma alternativa mais inteligente de viajar, mais limpa e mais sustentável. Assim, além da economia conseguida, tornará as cidades um lugar melhor para se viver.

Este propósito é favorecido pela intenção do governo indiano de eletrificar o seu parque de duas e três rodas nos próximos oito anos, o que abre um mercado de mais de 21 milhões de motociclos para empresas locais e estrangeiras.

 

Em 2019 já se venderam na Índia mais de 21 milhões de motociclos

Não há dúvida que este segmento tem pernas para andar. Segundo dados publicados no The Times of India, até final de março já se tinham vendido 21 milhões de motociclos.

A aposta da marca indiana vai nesse sentido. Assim, a empresa lançou a terceira evolução da sua motocicleta elétrica Blacksmith B2. O veículo está já próximo do modelo de produção que deve começar a ser fabricado em 2020.

Nas fotos lançadas pela empresa, podemos perceber que se trata de uma moto com uma longa distância entre eixos (2.200 mm de comprimento, 800 mm de largura e 1.150 mm de altura) que combina um design clássico com toques modernistas, como defensas tubulares e ecrã digital.

Como resultado, o aspeto dá ideia de uma moto Roadster projetada para ser usada principalmente em estrada com excelente espaço de manobra e conforto, e uma condução tradicional, no qual o piloto tem os pés avançados, mãos altas e costas retas.

 

Elétricos querem autonomia e não performance desportiva

O motor elétrico do Blacksmith B2 não se destaca pela sua potência nominal, 5 kW (7CV), embora nos picos ela possa atingir até 14 kW (19 HP), que aumenta o binário até 96 Nm. Nem oferecerá uma aceleração desportiva, nem uma velocidade escandalosa, já que o seu limite é de 120 km / h. Contudo, esta moto não precisa de tudo isso. O seu segredo será a autonomia.

O veículo incorpora duas baterias substituíveis ​que oferecem 120 quilómetros de autonomia cada, ou seja, um total de 240 quilómetros. Além disso, a rede de postos de troca que a Blacksmith está a desenvolver permitirá que outras baterias sejam totalmente carregadas durante a viagem. Para a recarga intermédia, as baterias podem ser transportadas e ligadas em qualquer lugar e recarregadas em quatro horas, sem a necessidade de usar um ponto de recarga específico.

Como o mercado atual exige tecnologia de conectividade e geolocalização, esta moto vem equipada com um sistema de inteligência artificial. A tecnologia inserida permite ao condutor ter informações do tráfego ao seu redor, entre outra informação relacionada. Esta tecnologia foi patenteada pela marca.

 

O preço é outro trunfo, diz a marca

O preço também é uma ótima notícia. A empresa quer lançar a versão Blacksmith B2, no mercado indiano com preços entre os 3500 e 4400 euros (pela taxa de câmbio). Contudo, na sua expansão internacional, esses preços vão subir, embora continue a ser uma moto elétrica muito acessível, abaixo da concorrência.

Na base do sucesso para estes preços, a empresa suporta-se no design em inovação, na melhoria dos processos de fabrico e no envolvimento dos fornecedores no processo de criação. O design começa do zero para acabar sendo um motociclo elétrico, não é uma adaptação de um modelo convencional para incorporar um motor elétrico e uma bateria, como muitos fabricantes fazem na Índia.

Especificações:

  • Motor / Potência Nominal: Motor Assíncrono / 5 KW
  • Velocidade máxima: 120 km/h
  • Bateria: Bateria NMC de alta densidade energética com Bluetooth BMS Inteligente
  • Alcance: 120 km / bateria individual – 240 km / bateria dupla
  • Controlador: Controlador AC de alta eficiência
  • Binário máximo / potência de pico: 96 Nm / 14,5 KW
  • Apps inteligentes: GPS e sistema de inteligência artificial
  • Tempo de carregamento: 4 horas
  • Antirroubo: sistema de alarme e bloqueio de circuito
  • Segurança: Sensor de pedestre lateral e sensor de ocupante para condução
  • Luzes: Lâmpadas LED
  • Indicadores: Novos indicadores de tráfego (patente pendente)
  • Descanso para os pés: Descanso para os pés com conforto
  • Dimensões (mm): 2200 (L) x 800 (W) x 1150 (H)
  • Capacidade de carga: 200 Kgs
  • Pneus: 3.5 R18 Sem Câmara (Frente e Traseira)
  • Jantes: Jantes de liga leve
  • Velocímetro: Digital
  • Suspensão: frente e traseira telescópica
  • Distância ao solo: 200 mm

 

O mundo está a mudar

As leis estão a forçar os mercados a acelerar o processo de eletrificação dos veículos. Na Índia, o governo deu até 2023 para se acabar com as vendas de veículos de duas e três rodas a combustíveis fósseis. Como resultado, as empresas estão a mudar completamente o seu catálogo de oferta. A eletrificação dos veículos está a mostrar alternativas muito baratas. O aumento da oferta irá também aumentar as exportações o que fará diminuir globalmente o preço dos veículos elétricos.

Portanto, podemos estar a assistir ao movimento de transformação já visto noutros setores, como, por exemplo, no mercado dos smartphone.

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