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Japão descobre tesouro: 230 milhões de toneladas de depósitos de metal para elétricos

Num momento em que a mobilidade elétrica é, para muitos, o futuro, saiu a sorte grande ao Japão, que encontrou 230 milhões de toneladas de depósitos de metal para baterias de carros elétricos.


O Japão encontrou 230 milhões de toneladas de depósitos de manganês perto de uma ilha isolada na zona económica exclusiva do país. Os depósitos do mineral foram encontrados sob a forma de nódulos do tamanho de um punho, com cerca de 20% de manganês e até 1% de cobalto e níquel, de acordo com a NIKKEI Asia.

Conforme partilhado pelos investigadores responsáveis pela descoberta, os recursos encontrados no fundo do mar perto de Minami-Torishima são suficientes para satisfazer as necessidades de consumo de cobalto do país durante 75 anos, e o Japão tem, também, mais de uma década de fornecimento de níquel.

O manganês, o cobalto e o níquel são componentes essenciais para a composição das baterias de iões de lítio, sendo metais importantes à produção daquelas que equipam os carros elétricos.

Os investigadores estimam que os depósitos, que se estendem por uma área de cerca de 10.000 metros quadrados, contêm aproximadamente 610.000 toneladas de cobalto e 740.000 toneladas de níquel.

O local da descoberta de minerais em torno da ilha de Minami-Torishima, no Japão, era observado desde 2016. No entanto, um estudo detalhado do local começou em abril do ano passado e continuou até ao início de junho de 2024. Os resultados do estudo pormenorizado mostraram sinais promissores e revelaram a existência de enormes depósitos minerais na zona.

Para as sondagens em vários pontos do fundo do mar, a uma profundidade de 5200 a 5700 metros, os investigadores utilizaram equipamento de extração mineira e veículos submarinos controlados remotamente.

Professor Yasuhiro Kato da Universidade de Tóquio (ao centro, à direita), e Yohei Sasakawa, presidente da Fundação Nippon (esquerda), a segurar amostras de manganês encontrado no Japão (Fonte: The Japan Times, junho 2024)

 

E agora, Japão?

A equipa de investigadores, composta pela Fundação Nippon, sem fins lucrativos, e pela Universidade de Tóquio, planeia “começar a extrair 2500 toneladas do recurso mineral por dia num projeto experimental até ao final de março de 2026”.

Além disso, a Fundação Nippon também pretende formar um consórcio com o objetivo de comercializar a produção até 2026 no Japão.

Segundo a equipa, os depósitos minerais são suficientes para uma utilização comercial, incluindo os custos de extração e de refinação.

A descoberta do Japão poderá dar um grande impulso à sua indústria de veículos elétricos, diminuindo a sua dependência de outros países. Esta descoberta pode permitir que o Japão satisfaça a procura interna de baterias para veículos elétricos e, também, que a China faça uma forte concorrência no mercado global.

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