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Iberdrola: “Em 5 anos, conduzir um camião elétrico será mais barato do que um a gasóleo”

A Iberdrola e a Aedive estão, agora, formalmente unidas para acelerar a descarbonização do setor dos camiões. As empresas selaram um acordo, recentemente.


Há uns dias, a Iberdrola e a Associação Empresarial para o Desenvolvimento e Promoção da Mobilidade Eléctrica (Aedive) oficializaram uma aliança. As empresas procuram acelerar a eletrificação de toda a cadeia de transporte de veículos pesados, em Espanha, descarbonizando o setor, melhorando a eficiência, limitando o elevado consumo de combustível associado aos camiões, e reduzindo os custos.

O acordo reuniu todos os grupos envolvidos na eletrificação do setor: fabricantes, operadores de infraestruturas de carregamento, operadores logísticos, e os próprios clientes finais. Apesar das preocupações relacionadas com a escassez de infraestrutura e com a burocracia, o balanço relativo ao futuro do setor é positivo.

A ideia é dar forma a uma colaboração estratégica, de modo a colocar a indústria espanhola na vanguarda.

Dentro de cinco anos, conduzir um camião elétrico será mais barato do que um camião a diesel […] são mais cómodos, mais amigos do ambiente e não têm complicações do ponto de vista da autonomia.

Previu Agustín Delgado, diretor de inovação e sustentabilidade do Grupo Iberdrola, ressalvando que não vão demorar muito tempo a ser reabastecidos, pois os novos carregadores permitirão carregamentos mais rápidos.

Com o mesmo positivismo, o CEO da Aedive, Arturo Pérez de Lucia, explicou que a mobilidade elétrica está a progredir significativamente. De tal forma, que se prevê que os “camiões elétricos terão uma quota de mercado de 50%, na Europa, até 2030” e que, nessa altura, circularão 600.000 unidades nas estradas europeias.

A Iberdrola aprova, mas nem tudo são rosas no mundo encantado dos camiões elétricos

Apesar da perspetiva das duas protagonistas do evento, a Iberdrola e a Aedive, houve oradores que não deixaram de lado os problemas associados à eletrificação do setor dos transportes pesados.

Primeiro, houve quem destacasse a falta de infraestrutura para dar resposta ao aumento da procura. David Huete, por exemplo, diretor de desenvolvimento de negócios da Zunder, partilhou que, apesar de os operadores estarem a trabalhar no sentido de assegurar uma rede otimizada, é preciso criar mecanismos que lhes permitam acelerar a produção desses pontos.

Depois, quem mencionasse a burocracia exacerbada: Adolfo Rebollo, diretor-geral da Ingeteam, lamentou o “fosso entre a capacidade de desenvolvimento dos operadores e a capacidade da administração para conceder licenças”, e aconselhou uma melhor interoperabilidade, por forma a asseverar o melhor serviço possível.

Por fim, ainda houve quem falasse do custo dos veículos. O diretor-geral da Disfrimur, Juan Jesús Sánchez, explicou que para adquirir mais camiões elétricos é preciso que “as fabricantes produzam mais e otimizem os seus preços”.

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