Temos sabido de várias fabricantes que estão a planear investir na mobilidade elétrica, adaptando a sua estratégia. Caso disso é a Ford que, por forma a concentrar os esforços nessa mudança e adquirir um lugar de topo neste setor em crescimento, vai cortar postos de trabalho.
Embora não seja oficial, espera-se que sejam cerca de 8.000.
Os supostos planos da Ford foram dados a conhecer pelo porta-voz T.R. Reid, numa declaração:
Para entregar a nossa transformação Ford+ e liderar esta excitante e perturbadora nova era de veículos elétricos e conectados, continuamos concentrados na remodelação do nosso trabalho e na modernização da nossa organização em todas as unidades de negócio automóvel e em toda a empresa.
Para isto, a mesma fonte revelou que a Ford estabeleceu objetivos claros para diminuir os custos, de modo a garantir que são “enxutos e totalmente competitivos com os melhores do setor” dos elétricos. De acordo com a Bloomberg News, a fabricante está a preparar-se para cortar até 8.000 empregos, durante as próximas semanas.
Aliás, em fevereiro, o CEO Jim Farley já havia dito, durante uma conferência, que o problema da fabricante era estrutural, pois tinha “demasiadas pessoas”.
Os cortes esperados são na mão-de-obra assalariada da Ford, bem como na divisão Ford Blue, criada em março e dedicada a gerir as operações dos motores de combustão interna da empresa. A Reuters adianta que os pormenores relativamente aos cortes ainda não estão fechados e que, até lá, poderão mudar. Ainda assim, sabe-se que poderão ser concretizados por fases, com a primeira a acontecer já este verão.
Embora o porta-voz da Ford tenha revelado que a empresa não vai comentar a especulação, sabe-se que foi agendada uma conferência telefónica para atualizar os investidores relativamente aos planos da fabricante: 600.000 veículos de produção anual até 2023, e mais de dois milhões até ao final de 2026.
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