O multi-milionário Elon Musk e a sua fabricante automóvel, a Tesla, estão envolvidos num processo judicial no EUA por terem violado as leis laborais do país.
Em questão estão as alegadas “ameaças e retaliações” que, tanto o empresário como a fabricante, demonstraram relativamente à sindicação dos seus funcionários.
Nos idos de 2017 e 2018, a Tesla passou por alguns problemas com os seus trabalhadores. As políticas da empresa levaram a que alguns se interessassem em aderir a uma entidade sindical. Contudo, Elon Musk não gostou e assim retaliou. Foram várias as ameaças e intimidações feitas pela empresa… Resultado inclusivamente em despedimentos!
O processo avançou para os tribunais, onde está ainda a ser tratado. Os mais recentes avanços indicam que a Tesla foi culpada por ter quebrado as leis laborais dos EUA. Esta decisão foi determinada por um juiz, depois de ter analisado todo o caso.
O magistrado responsabiliza a Tesla pelas ameaças e retaliações que direcionou aos seus funcionários relativamente à questão do sindicato. Para tal, contribuiu um tweet de Elon Musk em que este deu a entender uma receção hostil a sindicatos na sua fábrica de Fremont.
Para além disso, o multi-milionário refere que os funcionários que aderissem ao sindicato poderiam perder os bónus que são dados como ações da Tesla.
Nothing stopping Tesla team at our car plant from voting union. Could do so tmrw if they wanted. But why pay union dues & give up stock options for nothing? Our safety record is 2X better than when plant was UAW & everybody already gets healthcare.
— Elon Musk (@elonmusk) May 21, 2018
Assim, a ordem do juiz exige que Tesla ofereça a reintegração e uma indemnização a um funcionário pró-sindicato que foi demitido. A decisão pede ainda que a empresa realize uma reunião na fábrica de Fremont, Califórnia, na qual Musk deve comparecer. Como última exigência, o CEO ou um elemento da direção devem ler um aviso aos funcionários, informando que o NLRB concluiu que a empresa infringiu a lei.
Apesar de a sentença já estar determinada, o mais provável é que a empresa recorra da decisão. Esta previsão é sobretudo baseada na posição de alguns executivos dos seus quadros. Estes, no verão de 2018, afirmaram que tudo não passava de uma tentativa para denegrir a imagem da empresa.