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Eletrificação poderá ter consequências nas ações da Ferrari, diz Goldman Sachs

As opiniões sobre a transição para uma mobilidade elétrica são, conforme assistimos, bastante díspares. No entanto, vai além da questão ambiental, passando agora para o mercado das ações. De acordo com o Goldman Sachs, a eletrificação da Ferrari poderá ter um impacto nas ações da marca.

Sendo a Ferrari um marco no segmento dos desportivos a combustão, eletrificar a sua frota e os seus futuros modelos poderá ser “dispendioso” para os investidores.


Eletrificação da Ferrari poderá prejudicar ações

Mais cedo ou mais tarde, a Ferrari render-se-á à eletrificação, na sequência das novas normas que assim o exigem, e da necessidade emergente do mercado por modelos elétricos. No entanto, o plano da Ferrari, que visa ser uma marca mais verde, poderá ser, de acordo com o Goldman Sachs, dispendioso para os investidores, a curto prazo. Aliás, nesse sentido, o grupo alterou a sua recomendação relativamente à marca de carros desportivos, sugerindo a venda das ações, em vez da compra.

Esta mudança surge na sequência do anúncio da Ferrari relativamente aos seus planos de lançar um desportivo elétrico, até 2025. Segundo o Goldman Sachs, as expectativas para este novo modelo não são muito elevadas. Além disso, o custo da transição será enorme para a empresa e, tendo em conta as previsões pouco animadoras, as ações seriam prejudicadas, a curto prazo.

Embora vejamos qualquer impulso da Ferrari para estar na vanguarda das novas tecnologias de forma positiva a longo prazo, para os investidores de hoje, a transição cria incerteza sobre as potenciais necessidades futuras de despesas de capital, os seus ganhos e implicações de fluxo de caixa livre.

Disseram alguns analistas do Goldman Sachs.

Queda de 4% na bolsa de Milão

Embora a Goldman Sachs tenha aumentado a sua estimativa relativamente às despesas de capital da Ferrari em 42 milhões de euros por ano, em média, até 2030, considera essencial o aumento da mobilidade elétrica para o futuro da empresa italiana.

Apesar de o motor de combustão interna, os sistemas formados por chassis e a suspensão tenham sido tecnologias-chave no passado, é evidente que um conjunto muito diferente de tecnologias será fundamental no futuro.

Escreveu o grupo Goldman Sachs.

Depois do anúncio feito pela Goldman Sachs, as ações da Ferrari na bolsa de Milão caíram 4%, atingindo um mínimo de 167,35 euros.

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