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É com esta tecnologia que os EUA esperam combater os incêndios em veículos elétricos

Os Estados Unidos da América (EUA) estão a tomar medidas relativamente aos incêndios em carros elétricos. O país anunciou um empréstimo para a produção de materiais super leves para o combate aos incêndios em veículos eletrificados.


Atualmente, com os dados de que os investigadores dispõem, os incêndios em veículos elétricos são estatisticamente mais raros do que os incêndios em automóveis movidos a combustíveis fósseis. Não obstante, quando acontecem, são difíceis de apagar.

Um dos maiores riscos para a segurança dos veículos elétricos passa por um fenómeno designado “fuga térmica”. Este ocorre quando uma bateria sobreaquece descontroladamente, a ponto de poder arder sozinha durante horas, mesmo sem oxigénio. A fuga térmica pode ocorrer por várias razões, incluindo:

Assim sendo, os EUA querem minimizar os riscos, recorrendo a materiais de última geração.

 

Foco estará na proteção das baterias contra a deflagração de incêndios

Na quarta-feira, o Departamento de Energia anunciou um financiamento de 670 milhões de dólares à Aspen Aerogels, uma empresa especializada no fabrico de “barreiras térmicas” para baterias de veículos elétricos. Estas funcionam como uma camada protetora contra incêndios.

Conforme explicado pela MIT Technology Review, estas barreiras são muito leves, pelo que não têm qualquer impacto na densidade energética ou no peso da bateria, como acontece com os aerogéis tradicionais.

Por sua vez, têm entre um e quatro milímetros de espessura e podem ser empilhadas entre as células, “abafando” os incêndios e impedindo que se propaguem às células vizinhas.

Segundo Don Young, diretor-executivo da Aspen Aerogels, as barreiras térmicas têm um custo de instalação entre 300 e 1000 dólares por veículo elétrico.

Anteriormente, a empresa celebrou contratos plurianuais com várias fabricantes de automóveis de renome, incluindo a General Motors, Toyota, Audi e Scania.

Além dos contratos com empresas, estabeleceu acordos com a NASA, também, para desenvolver aerogéis para os seus programas espaciais, bem como outras aplicações industriais e de bens de consumo. Os seus aerogéis são, ainda, utilizados em automóveis de Fórmula Um.

Espera-se que o investimento dos EUA crie 550 postos de trabalho na construção da infraestrutura e 255 postos de trabalho operacionais a tempo inteiro, no início de 2027, numa fábrica, em Register, Geórgia.

Quando estiver a funcionar em plena capacidade, a fábrica poderá fornecer barreiras térmicas para dois milhões de veículos elétricos por ano.

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