A Dacia tem apenas um modelo 100% elétrico na sua gama, o popular Spring. Contudo, promovendo a descarbonização, vai participar no Dakar com um protótipo movido a combustível sintético. Conheça o Sandrider.
Apesar de a Dacia ter planos para eletrificar gradualmente a sua gama, a empresa quer comercializar modelos térmicos enquanto a legislação europeia o permitir (ou seja, até 2035).
Este laço com o motor de combustão interna ganha uma nova forma, agora, com aquela que é a exceção que a Europa abre à sua estreita medida: os combustíveis sintéticos.
A partir de 2025, a Dacia participará no Dakar e no World Rally-Raid Championship (W2RC) com o seu protótipo Sandrider. Este, que será licenciado na categoria Ultimate T1+, será alimentado por combustível sintético produzido pela Aramco.
Especificações do Sandrider da Dacia
- Categoria FIA: T1+ Ultimate
- Chassis: tubular
- Carroçaria: fibra de carbono
- Motor: V6, 3.0 litros, biturbo, injeção direta
- Potência máxima: 265 kW/360 cv às 5.000 rpm
- Binário máximo: 539 Nm às 4.250 rpm
- Transmissão: 4X4
- Caixa de velocidades: sequencial, 6 velocidades
- Suspensão dianteira/traseira: duplo braço
- Curso de suspensão: 350 mm
- Rodas: Alumínio, 17”
- Pneus: BF Goodrich, 37”
- 4.140 x 2.290 x 1.810 mm
- Distância entre eixos: 3000 mm
- Projeção das rodas dianteiras/traseiras: 590/550 mm
Baseado no Concept Manifesto 2022, este 4×4 com carroçaria em fibra de carbono foi desenvolvido pelo Grupo Renault em parceria com a empresa britânica Prodrive.
O Sandrider conserva apenas os painéis de carroçaria absolutamente necessários, uma vez que todos os elementos supérfluos foram eliminados. Os bancos Sabelt são estofados com tecidos específicos anti-bacterianos e reguladores de humidade.
Por forma a diminuir o consumo de combustível, o peso foi reduzido em cerca de 15 kg, em relação a outros protótipos semelhantes, graças à utilização de um chassis tubular mais leve, por exemplo.
Além disso, a aerodinâmica foi um dos focos, tendo os responsáveis pelo Sandrider da Dacia conseguindo uma redução de 10% na resistência aerodinâmica e uma redução de 40% na elevação, em comparação com modelos similares.
Por querer ser líder na descarbonização a preços acessíveis, o combustível sintético utilizado no Sandrider provirá da combinação de hidrogénio verde com dióxido de carbono recapturado, uma tecnologia compatível com os motores atuais e com emissões muito baixas.
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