Apesar de as marcas menos irreverentes acreditarem convictamente num caminho térmico, há outras que veem os elétricos como uma solução para a mobilidade. Caso disso é a Polestar, cujo CEO afirmou que as rivais que estão a adiar os modelos eletrificados estão a cair numa “armadilha”.
À medida que a Polestar planeia expandir-se, enquanto fabricante de carros elétricos, aproveitando o investimento para fortalecer a sua presença no mercado, outros nomes, como o da Mercedes-Benz, parecem estar em contra-mão.
De facto, a fabricante alemã recuou drasticamente no seu objetivo de vendas de veículos elétricos há menos de duas semanas.
Polestar acredita que desacreditar os carros elétricos é uma armadilha
Numa entrevista ao The Telegraph, Thomas Ingenlath, CEO da Polestar, “há uma ameaça e um perigo incríveis se não se abraçar a inovação futura e não se acreditar nessa tecnologia – os sistemas de transmissão elétricos, a inovação na bateria, a inovação na eletrónica moderna e no software”.
Não participarmos nisso e pensarmos que podemos esperar, e que os clientes estão preparados para isso, é uma armadilha incrível.
Na mesma entrevista, o executivo aproveitou para afastar a Polestar da Tesla, assegurando que a primeira “não está no mesmo jogo para fazer o mercado de massas e competir com as tradicionais [fabricantes de automóveis] nesse campo”. As duas diferem, portanto, no mercado que querem conquistar.
Depois de a Volvo se ter afastado da Polestar, vendendo a sua participação maioritária e cortando o financiamento, a empresa está de olhos postos no futuro. Aliás, na semana passada, recebeu mil milhões de dólares, com origem externa à fabricante sueca, e assegurou querer expandir a marca para novos mercados.
Com a nova injeção de fundos, a Polestar espera alcançar “um crescimento que apoie o objetivo de volume para 2025 e uma margem de lucro bruto de dois dígitos”.
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