Pplware

Carregamento rápido de carros eléctricos pode ficar 10 vezes mais caro

Quanto irá pagar para carregar a bateria do seu carro elétrico a partir de 1 de novembro?

Este valor, que está a deixar o mercado dos carros  elétricos com alguma ansiedade, começou a ser preparado depois do anúncio do secretário de Estado do Ambiente, José Gomes Mendes, ter revelado que os pagamentos na rede pública Mobi.E iriam começar a ser pagos já a partir do próximo dia 1 de novembro.


Utilizadores acreditam num valor entre 5 a 10 euros por cada 100 km

Estamos a menos de um mês para que os utilizadores de veículos elétricos comecem a pagar pelos carregamentos na rede pública Mobi.E. Os utentes esperam pagar entre 5 e 10 euros para percorrer 100 km, mas apenas nos postos de carregamento rápido.

Se o utilizador carregar o seu veículo elétrico em casa, ou num posto normal, o valor será mais barato.

 

1 de novembro deverá arrancar a cobrança nos postos rápidos

Depois de sucessivos adiamentos, o secretário de Estado do Ambiente, José Gomes Mendes, anunciou na Lisbon Mobi Summit, que se realizou em Lisboa, que os pagamentos na rede pública Mobi.E iriam começar a ser pagos já a partir do próximo dia 1 de novembro.

Após o anúncio, as empresas que estão envolvidas na comercialização da energia para os Veículos Elétricos (VE) começaram a preparar os tarifários que deverão ser anunciados já no próximo mês de novembro. Contudo, segundo dá a conhecer o DN, Henrique Sánchez, presidente da Associação de Utilizadores de veículos Elétricos (UVE), garante que “é expectável termos preços entre os cinco e os 10 euros por cada 100 km percorridos“.

 

Estão prontas a avançar a EDP, Galp e Prio.e

Numa primeira fase esta medida será apenas aplicada nos postos de carregamento rápido (50 KWh). Para essa alteração, os CEME – Comercializadores de Energia de Mobilidade Elétrica, já se perfilam para avançar. Há pelo menos três empresas que reúnem todas as condições para começar iniciar operações: EDP, Galp e Prio.e.

Embora a esta altura apenas estas pareçam ser as únicas a avançar, é provável que possam surgir mais CEME até ao final do mês.

 

Quer barato? Carregue em casa…

Na visão do responsável da Associação de Utilizadores de veículos Elétricos (UVE), carregar o carro num posto rápido será 10 vezes mais caro do que num posto normal.

Mais barato mesmo, segundo as suas palavras, será carregar o veículo em casa, pagando os preços da eletricidade para uso doméstico.

Atualmente a rede Mobi.E tem 59 postos de carregamento rápido e 550 postos de carregamento normal, que correspondem a cerca de 1250 tomadas. Foram emitidos mais de 8000 cartões de acesso à rede Mobi.E, mas apenas cerca de metade estão ativos.

 

404 pontos de carregamento nos municípios

Segundo o Ministério do Ambiente, está em curso um projeto de expansão da rede a todo o território nacional, que prevê a instalação de 404 pontos de carregamento nos municípios que atualmente não dispõem de infraestrutura.

Adicionalmente, com o início dos pagamentos nos carregadores rápidos, prevê-se que haja uma expansão de postos de carregamento por iniciativa privada.

 

Quem tem pago as borlas até agora?

Muitos utilizadores perguntam quem paga a energia que é consumida nos veículos até agora, visto que não tem saído um euro do bolso dos proprietários.

Este valor, as tais “borlas” na rede Mobi.E, saíram dos bolsos das empresas no carregamento rápido (10 mil euros por mês no caso da Prio), e dos contribuintes nos postos normais (uma fatura média mensal de 29 mil euros).

 

Carregar em casa parece ser o caminho

Perante estes cenários, os utilizadores já começam a vislumbrar preços da rede Mobi.E “mais caros do que carregar o carro em casa e mais baratos do que abastecer um carro a gasolina ou a gasóleo”, como referiu o presidente da UVE, usando como referência os seus próprios consumos:

O meu carro consome o mesmo que uma máquina e meia de lavar loiça. Em tarifa bi-horária, gasto 1,5 euros para fazer cada 100 km, carregando em casa. Comparando com o meu anterior carro, a gasóleo, pagava 9 euros para fazer os mesmos 100 quilómetros.

 

Como será taxado o consumo nestes postos?

Alexandre Videira, presidente da Mobi.E, refere que ambos operam em regime de mercado, podendo definir livremente as propostas que apresentam aos utilizadores.

Segundo o ministério do ambiente, os preços estarão obrigatoriamente afixados e os utilizadores vão saber quando custa carregar em cada local, mas o valor total do carregamento será uma incógnita e só virá descriminado na fatura, depois de somado o preço cobrado de eletricidade por cada fornecedor.

Exit mobile version