A Força Aérea Americana revelou o seu mais recente bombardeiro furtivo nuclear, o B-21 Raider, que irá gradualmente substituir os aviões que voaram pela primeira vez na Guerra Fria.
Esta é uma das mais avançadas aeronaves do mundo e o primeiro bombardeiro norte-americano a ser exibido em mais de 30 anos.
B-21 Raider: Bombardeiro é um aviso aos países agressores
A Força Aérea Americana apresentou ontem um bombardeiro nuclear furtivo, como parte da resposta do Pentágono às crescentes preocupações sobre um futuro conflito com a China, país que está a caminho de ter 1.500 armas nucleares até 2035.
O B-21 é o primeiro bombardeiro americano apresentado em 30 anos e que custará cerca de 700 milhões de dólares (665 milhões de euros) cada um. Esta aeronave pode transportar armas nucleares e convencionais.
Como esperado, detalhes específicos da aeronave permanecem envoltos em segredo.
Contudo, o Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse que era “uma prova das vantagens duradouras da América em engenhosidade e inovação”.
Um fantasma nos céus
O B-21 Raider foi revelado durante uma cerimónia na sexta-feira nas instalações do fabricante Northrop Grumman na Califórnia.
O Secretário de Defesa disse que o avião iria oferecer avanços significativos sobre os bombardeiros existentes na frota americana, afirmando que “até os sistemas de defesa aérea mais sofisticados terão dificuldade em detetar o B-21 no céu”.
Cinquenta anos de avanços em tecnologia de baixa observação foram para este avião.
Disse Lloyd Austin.
Acrescentou que o avião também foi construído com uma “arquitetura de sistema aberto”, o que permite a incorporação de “novas armas que ainda nem sequer foram inventadas”.
Embora o potencial para um voo não tripulado não tenha sido mencionado durante a cerimónia, uma porta-voz da Força Aérea dos EUA disse que o avião estava “pensado para a possibilidade, mas não houve decisão de voar sem tripulação”.
Espera-se que o primeiro voo de um B-21 tenha lugar no próximo ano.
Um investimento de mais de 200 mil milhões de dólares
Esta nova aeronave tem como missão também substituir os modelos B-1 e B-2 e estima-se que a frota custará 203 mil milhões de dólares para desenvolver, comprar e operar durante 30 anos, de acordo com a Bloomberg.
Segundo o fabricante, estão em produção seis aviões. Estes bombardeiros são a “próxima geração de furtivos” e que empregam “novas técnicas e materiais de fabrico” não especificados.
A Força Aérea Americana está a planear adquirir pelo menos 100 destes aviões.