Para quem não sabe, o óleo de palma é uma matéria-prima insustentável. No entanto, algumas gasolineiras usam óleo de palma para produção de biodiesel.
Se o seu carro é a gasóleo, a Associação Zero faz um apelo! Mostre o descontentamento de ter de abastecer o seu carro com gasóleo com óleo de palma. Além da utilização desta matéria prima, paga mais por menos qualidade!
Sabia que o gasóleo contém óleo de palma? 7 em cada 10 europeus são contra a queima de óleo de palma nos seus carros, mas a maioria não sabe que este biodiesel é o mais popular na União Europeia – saiba mais aqui. Este é um óleo vegetal mais barato, mas é um importante impulsionador da destruição das florestas tropicais e da vida selvagem associadas.
Pelo segundo ano consecutivo, o consumo de óleo de palma para a produção de biocombustíveis, mantém níveis record. Segundo os dados disponibilizados pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I. P. (LNEG), para o primeiro semestre de 2019, em Portugal utilizaram-se mais de 20 milhões de litros. A manter-se o nível de consumo, este ultrapassará os 38 milhões de litros registados em 2018, 5 vezes superior ao total registado para o ano de 2017, que foi de 7,6 milhões de litros.
Portugal importa 87 por cento do óleo de palma de mercados como a Indonésia e a Malásia.
Há duas razões fundamentais para a incorporação de óleo de palma na produção de biocombustíveis: é o óleo vegetal mais barato e o processo de fabricação de biodisel HVO (Hidrogenated Vegetable Oil) tem custos mais reduzidos recorrendo ao uso de óleo de palma do que ao óleo de colza ou soja.
Utilização insustentável de óleo de palma nos biocombustíveis em Portugal
Para a ZERO, é fundamental que o Governo e os diferentes partidos se comprometam com o definido nos seus programas eleitorais relativamente à utilização de biocombustíveis sustentáveis do ponto de vista ambiental.
Exige-se que a indústria petrolífera, e em especial a GALP como produtora de biodiesel com recurso ao óleo de palma, assuma um papel pioneiro e ambientalmente responsável junto dos consumidores, substituindo o óleo de palma por outra matéria-prima ambientalmente mais sustentável.
O gasóleo habitualmente vendido nos postos de abastecimento apresenta incorporado sete por cento de biocombustíveis (B7). Há porém, postos, inclusive da GALP, onde o gasóleo presente não tem incorporado óleo de palma.