A decisão da Consumer Reports de retirar a sua recomendação aos Surface da Microsoft não foi bem aceite pela gigante do software. Depressa veio a público contrapor os dados apresentados e revelar os seus próprios, naturalmente inferiores aos que foram apresentados.
Mas o acesso a um memorando interno da Microsoft veio revelar que afinal os dados da Consumer Reports até podem estar certos, como seria de esperar.
Foi Paul Thurrott, um bem conhecido autor de temas relacionados com a Microsoft, que teve acesso a este memorando interno e à informação da Microsoft. Nele, para além de informação variada sobre o assunto, escrita pelo próprio responsável máximo da linha Surface, Panos Panay, haviam dados concretos sobre as taxas de devolução dos Surface.
No gráfico é possível ver que os problemas do Surface Pro 4 e Surface Book fora reais e que ainda hoje existem. Há ainda informação sobre outros modelos, e em todos existiram problemas de fiabilidade.
No caso do Surface Pro 4 as taxas de retorno foram muito elevadas e, durante o lançamento ultrapassaram os 16%. Após esse período essa taxa manteve-se elevada, mas ao fim de um mês baixou para valores abaixo dos 10%.
O caso do Surface Book é um pouco pior, tendo taxas de devolução na casa dos 17%, durante o período de lançamento, tendo-se mantido acima dos 10% nos 6 meses seguintes.
Esta situação não é estranha, uma vez que já com o Surface Pro 3 a taxa de devolução era de 11%, durante o lançamento, mas rapidamente baixou para menos de 10%. Nos dois anos de vendas esteve sempre entre os 5 e os 6%.
Segundo as palavras de Panos Panay, a Microsoft terá resolvido todos os problemas que afetaram estas máquinas e isso deverá refletir-se na próxima avaliação anual da Consumer Reports, quando as taxas de devolução voltarem a baixar. Existiram problemas que apenas a Microsoft teve, com hardware bem conhecido, que se deveram à política da empresa de desenvolver as suas próprias versões de firmware.