Durante o dia de hoje a Microsoft anunciou os seus mais recentes resultados fiscais e os números voltam a mostrar uma quebra que está a ser difícil à Microsoft superar.
Depois de alguns trimestres menos bem conseguidos, os números voltam a ficar abaixo do esperado, mas ainda assim com quebras menores que no passado.
Apesar de não se esperar que os lucros da Microsoft sejam abaixo do esperado, a verdade é que estes resultados agora apresentados não fugiram daquilo que era já garantido.
O primeiro trimestre fiscal do ano de 2016, que teve início em Julho e terminou em Setembro, trouxe para a empresa uma receita de 20,4 mil milhões de dólares, o que representa um decréscimo de 12% ao longo dos anos, enquanto a renda ficou nos 5,8 mil milhões de dólares, apenas 1% abaixo do valos do ano passado.
O rendimento líquido neste trimestre representou um valor de 4,6 mil milhões de dólares, o que resulta num acréscimo de 2%.
Mesmo com estes números há áreas na Microsoft que estão a mostrar dificuldades em alavancar e começar a mostrar resultados mais positivos.
Uma área onde a Microsoft não cresceu o esperado é a área dos Surface. Esta era uma área de crescimento constante ao longo dos últimos anos, mas neste trimestre ficou-se pelos 672 milhões, descendo dos 908 milhões do mesmo trimestre do ano de 205.
Também a área de smartphones continuou em queda, com perdas elevadas. No acumulado anual, a Microsoft já perdeu 54%, um valor demasiado grande para a empresa que quer estar entre os maiores fabricantes de smartphones.
Mesmo com estes resultados, a convicção da Microsoft no seu crescimento é grande e a sua aposta nos seus novos produtos será o suficiente para que os clientes continuem a preferir os seus produtos, quer de forma directa como indirecta. Esta ideia está bem patente nas palavras de Satya Nadella.
We are making strong progress across each of our three ambitions by delivering innovation people love
Customer excitement for new devices, Windows 10, Office 365 and Azure is increasing as we bring together the best Microsoft experiences to empower people to achieve more.
No extremo oposto está o seu serviço Cloud, que cresceu e muito. Os resultados do Azure neste trimestre mostram um crescimento de 8%, chegado aos 5,9 mil milhões de receita, mostrando a aposta não apenas da Microsoft, mas também das muitas empresas que são clientes da Microsoft.
A estes bons resultados junta-se o crescimento do Bing, com um valor de 29%, fruto da utilização no Windows 10. Também o Office 365 cresceu, com um aumento de receita de quase 70%, e com 18,2 milhões de clientes, dos quais 3 milhões são novos.
Sob a nova gestão de Satya Nadella e com focos em áreas específicas, a Microsoft procura encontrar o seu caminho, não apenas no seu bem conhecido software, mas com toda a gama de dispositivos, onde se concentram nos smartphones e na sua linha Surface.