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Relação entre a OpenAI e Microsoft está prestes a terminar definitivamente…

A relação entre a OpenAI e a Microsoft atravessa um período crítico, com sinais crescentes de que uma fratura definitiva pode estar próxima. Embora fosse sabido que a harmonia entre as duas gigantes tecnológicas já não era como antigamente, novas informações sugerem que este cenário se aproxima de um ponto de não retorno.


Um historial de investimento e discórdias crescentes

De acordo com o The Wall Street Journal, os principais executivos da OpenAI estão a ponderar apresentar uma queixa contra a Microsoft junto das entidades reguladoras dos Estados Unidos, alegando comportamentos anticoncorrenciais durante a vigência da sua parceria.

A empresa liderada por Sam Altman pretende que as autoridades competentes examinem minuciosamente os termos contratuais que ligam as duas empresas, à procura de potenciais violações das leis antimonopólio.

Esta potencial queixa regulatória poderá significar a rutura definitiva de uma relação que se estendeu por vários anos e envolveu investimentos na ordem dos milhares de milhões de dólares.

Recorde-se que a Microsoft foi uma das primeiras empresas a apostar significativamente na OpenAI, com um investimento inicial de mil milhões de dólares em 2019. Posteriormente, a parceria expandiu-se e a gigante de Redmond reforçou o seu investimento, elevando o montante total para mais de 13 mil milhões de dólares.

Como contrapartida, a Microsoft assegurou acesso privilegiado à tecnologia da OpenAI e tornou-se o seu fornecedor exclusivo de capacidade de computação. Este último ponto, juntamente com a controversa nomeação de Mustafa Suleyman para a liderança da divisão de IA da Microsoft, tornou-se uma fonte de atrito ao longo do último ano.

No entanto, o mais recente foco de tensão parece estar relacionado com a aquisição da Windsurf pela empresa californiana…

Windsurf é o novo ponto de discórdia

No início de maio, a Bloomberg noticiou que a OpenAI tinha chegado a um acordo para adquirir a Windsurf. Esta startup destacou-se pela criação de um conjunto de ferramentas de programação impulsionadas por diferentes modelos de IA. A transação, ainda não oficializada, estaria avaliada em 3 mil milhões de dólares.

O relatório do WSJ afirma que o último desacordo entre a equipa de Sam Altman e a Microsoft reside nos termos desta aquisição. O acordo existente entre a OpenAI e a gigante de Redmond estipula que esta última tem acesso a toda a sua propriedade intelectual, como contrapartida pelo avultado investimento.

Contudo, a empresa californiana mostra-se resistente em permitir que os seus parceiros acedam à tecnologia da Windsurf.

Afinal, a Microsoft já disponibiliza ferramentas de programação com IA através do GitHub Copilot. Desta forma, o acesso aos desenvolvimentos da Windsurf poderia interferir com os planos da OpenAI para os integrar com o ChatGPT.

Acresce a esta situação o facto de as duas empresas ainda não terem chegado a um consenso sobre a percentagem de participação que caberia à Microsoft quando a OpenAI se reestruturar e se converter numa empresa com fins lucrativos e benefício social. A equipa de Altman tem um prazo máximo de dois anos para concretizar este plano; caso contrário, arrisca-se a perder o financiamento angariado em 2024.

O impasse reside na falta de acordo com a equipa de Satya Nadella relativamente à dimensão da participação a negociar.

 

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