Um ex-engenheiro da Microsoft foi agora condenado a 9 anos de prisão por ter roubado cerca de 10 milhões de dólares à Microsoft. Trata-se do ucraniano Volodymyr Kvashuk de 26 anos, que serviu a empresa de Redmond entre o ano de 2016 e 2018.
Agora, Kvashuk foi condenado a uma sentença de 9 anos de prisão devido aos seus crimes contra a gigante tecnológica.
De facto, o crime não compensa e mais tarde ou mais cedo, os criminosos sofrem na pele as consequências dos seus atos.
Prova disso é Volodymyr Kvashuk, um engenheiro nascido na Ucrânia que trabalhou para a Microsoft entre 2016 e 2018. No entanto Kvashuk cometeu vários roubos à empresa de Redmond durante a sua estadia pela gigante tecnológica. O ucraniano desviava recursos da empresa, como os cartões-oferta, que poderiam depois ser trocados por produtos da Microsoft. De seguida, esses produtos eram revendidos pelo engenheiro na Internet.
No início, o ex-funcionário fazia pequenos roubos através do seu sistema, como o Office e placas gráficas. Mas as quantias aumentaram para valores milionários e o engenheiro começou a aceder às contas de email de outros funcionários. E assim tentava encobrir os seus crimes e, por conseguinte, as investigações que pudessem acontecer.
No total foram roubados cerca de 10 milhões de dólares (~8,5 milhões de euros), e o ucraniano ainda vendeu os créditos roubados por bitcoins de modo a mascarar o desfalque.
O esquema foi revelado em maio de 2018, e nessa altura a Microsoft confrontou Kvashuk sobre os desvios, tendo-o demitido em junho desse ano.
Ex-engenheiro foi condenado a 9 anos de prisão por roubar a Microsoft
De acordo com os promotores norte-americanos, o ex-engenheiro da empresa de Redmond conseguiu arrecadar cerca de 2,8 milhões de dólares (~2,3 milhões de euros). Esse montante foi usado para comprar um Tesla de 160 mil dólares (~134 mil euros) e uma casa à beira-mar por 1,6 milhões de dólares (1,4 milhões de euros).
Mas a ação do governo conseguiu descobrir várias evidências que ligavam Kvashuk aos seus crimes. Alguns exemplos é que o ucraniano usava por vezes a mesma VPN/IP para aceder a contas diferentes. Assim, os investigadores conseguiram traçar a conduta dos delitos, e as técnicas de impressão digital nos equipamentos também forneceram dados importantes.
De acordo com as autoridades, a riqueza repentina do ex-funcionário da Microsoft levantou várias suspeitas.
Em fevereiro deste ano, um júri norte-americano já havia condenado o ucraniano de 5 acusações de fraude eletrónica, branqueamento de capitais e ainda roubo de identidade agravado. Para além destes, o ex-funcionário foi acusado de outros crimes menores.
Mas agora o Tribunal Distrital de Seattle condenou Kvashuk a 9 anos de prisão por 18 crimes federais relacionados com o roubo à Microsoft em mais de 10 milhões de dólares. De acordo com o procurador dos Estados Unidos Brian Moran, em comunicado de imprensa:
Roubar o empregador já é mau, mas roubar e fazer parecer que os seus colegas são os culpados aumenta o dano além dos dólares e centavos.
Para além da prisão, Kvashuk foi ainda condenado a restituir 8,3 milhões de dólares (~7 milhões de euros) e deverá ser deportado após cumprir a pena de prisão.