A União Europeia acaba de anunciar que dá luz verde à compra da Activision Blizzard pela Microsoft. Um negócio que envolve 68,7 mil milhões de dólares e muitas questões sobre a forma como tal negócio poderá prejudicar a concorrência e o mercado dos videojogos.
De acordo com a Comissão Europeia, “uma pesquisa de mercado aprofundada realizada pela Comissão indicou que a Microsoft não poderia prejudicar consolas rivais ou serviços de assinatura de vários jogos concorrentes”.
No entanto, seguindo os passos da CMA britânica, a Comissão afirma que “a Microsoft poderia prejudicar a concorrência na distribuição de jogos através de serviços de streaming de jogos em nuvem e que a sua posição no mercado de sistemas operativos para PC seria fortalecida”.
Os compromissos anunciados pela Microsoft conseguiram convencer o órgão, que agora deu um veredicto a favor da empresa de Redmond. Sendo que o compromisso da Xbox em levar os seus jogos para outros serviços de streaming na nuvem, parece ter convencido a organização.
Segundo Brad Smith, presidente da Microsoft, “a Comissão Europeia exigiu que a Microsoft licenciasse jogos populares da Activision Blizzard automaticamente para serviços de jogos em nuvem concorrentes. Isso irá aplicar-se globalmente e capacitará milhões de consumidores em todo o mundo a jogar esses jogos em qualquer dispositivo que escolherem”.
The European Commission has required Microsoft to license popular Activision Blizzard games automatically to competing cloud gaming services. This will apply globally and will empower millions of consumers worldwide to play these games on any device they choose.
— Brad Smith (@BradSmi) May 15, 2023
Segundo a Comissão, depois da investigação, concluiu-se que “a Microsoft não teria nenhum incentivo para se recusar a distribuir jogos da Activision” porque a PlayStation/Sony tem uma quota de mercado muito superior (quatro PlayStations para cada Xbox).
Na verdade, “a Microsoft teria fortes incentivos para continuar a distribuir os jogos da Activision através de um dispositivo tão popular quanto a PlayStation da Sony”, afirma a Comissão.