No segmento dos desktops, o Windows é, inquestionavelmente, o sistema operativo que domina. Segundo dados de empresas que fazem estudos de mercado, a quota de adopção do Windows é superior a 90% enquanto que a do GNU/Linux ronda os 2%.
Mas qual seria o sucesso do Linux caso não fosse possível piratear o Windows?
É verdade que o GNU/Linux domina por completo no segmento dos super computadores e é muito usado em servidor, mas no campo dos desktops não tem qualquer hipótese para o seu “rival” Windows.
Recentemente foi publicado um estudo da Universidade de Oslo intitulado “Software Piracy and Linux Adoption” que revela um conjunto de dados interessantes. O estudo teve como base dados oficiais da BSA (Business Software Alliance) recolhidos em 2012 em 104 países.
De acordo com a informação, a taxa de pirataria do software varia entre 42% e 90% dependendo do país e do nível de desenvolvimento do mesmo. Isto quer dizer que, caso não houvesse pirataria de sistemas, a quota de mercado/taxa de adopção do GNU/Linux estaria situada entre os 20% e 40% logo a pirataria de sistemas operativos afecta negativamente a adopção do GNU/Linux em desktops.
Ainda segundo o documento, a pirataria pode dissuadir a adopção do GNU/Linux pelo menos nas seguintes três razões:
- As cópias do Windows são baratas (ou até mesmo gratuitas) e substituem na perfeição o sistema original
- O efeito “pirataria” faz com que os próprios sistemas operativos originais sejam cada vez mais baratos (um bom exemplo é o Windows 10 que é “gratuito”).
- Os utilizadores optam pelo sistema que necessitam e que lhes poderá dar mais benefícios, logo, na maioria dos casos, o Windows é a escolha.
O sistema operativo Windows é sem dúvida o mais popular, completo e funcional comparativamente à sua concorrência. Mas será que teria a mesma força caso não existisse um mercado “pirata” paralelo? Porque é que os utilizadores pagam pelo Windows quando podem ter um sistema igualmente capaz gratuitamente? Estas e outras questões que apareçam deixamos agora para debate!