Servidor HTTP com interface para gestão
Muitos utilizadores estarão neste momento a questionar o que é o Cherokee (assim como eu quando o conheci pela primeira vez).
Pois bem, o Cherokee é um servidor HTTP (assim como o Apache, IIS, Lighttpd que permitem colocar conteúdo online como por exemplo sites, plataformas como o wordpress, Joomla, wikis, etc).
O Cherokee suporta um conjunto de funcionalidades, das quais se destacam FastCGI, SCGI, PHP, CGI, TLS e SSL, virtual hosts, autenticação, , balanceamento de cargas (load balancing), compatibilidade com os logs do Apache, entre outras.
Para instalar o Cherokee no Ubuntu 10.04 devem seguir os seguintes passos:
Passo 1 – Instalação do Cherokee
sudo apt-get install cherokee
Passo 2 – Aceder a http://localhost para ver se já se encontra em funcionamento (Atenção: Não devem ter quaisquer outros serviços HTTP (pelo menos na mesma porta) a correr, como por exemplo Apache ou Lighttpd, para que inicialmente não haja problemas associados com a porta 80)
Agora chega a parte fascinante do cherokee, e que de certa forma o distingue de outros serviços Web.
O cherokee disponibiliza nativamente um interface gráfico, que permite a qualquer utilizador configurar todos os parâmetros do serviço Web. Quantas vezes os utilizadores desistem de configurar um serviço Web por não terem disponível uma interface “simpática” para a realização das configurações?
Para iniciar essa interface gráfica, basta aceder a linha de comandos e inserir o comando:
sudo cherokee-admin -b
O comando devolve-nos o endereço ao qual nos devemos ligar (neste caso, http://localhost:9090), e as respectivas credenciais para acesso ao interface de configuração. Acedendo ao endereço apresentado, o utilizador apenas terá de escrever as credenciais de acesso, fornecidas através do passo anterior :
Já dentro do interface de configuração, o utilizador tem a sua disposição todas as configurações possíveis e imaginárias para configurar o servidor Cherokee.
Inicialmente é-nos apresentado o estado do serviço Web, o directório por omissão onde devemos colocar os nossos sites, localização do ficheiro de configuração do serviço, entre outras informações.
Como podemos ver, do lado esquerdo dispomos de um menu, a partir do qual podemos aceder as configurações gerais, criar servidores virtuais, informações sobre as sources, ícones, Mime Types e ainda aceder as configurações avançadas do serviço.
Por exemplo, acedendo as configurações gerais podemos realizar configurações a nível de IPV6, SSL/TLS, Timout, definição das portas à escuta para o serviço, permissões do serviço, etc
No menu Virtual Server, podemos então criar os nossos servidores virtuais, por forma a podermos ter mais do que um site disponível no servidor (mudando o nome do mesmo ou porto). Para saber mais sobre Virtual Server, ver aqui
É também disponibilidade, uma página para definição de MIME Types. Para quem não sabe, um Mime Type é, entre outras coisas, um método usado por navegadores da Internet (Web Browsers) para associar ficheiros de um certo tipo com uma determinada aplicação auxiliar, de modo que esta fique responsável pela exibição de ficheiros daquele tipo.
Nas Configurações avançadas podemos encontrar os mais diversos parâmetros associados por exemplo ao número máxima de ligações possíveis ao serviço, configurações a nível de codificação, Cache, TLS, entre outros.
Para finalizar apenas referir o seguinte: O Cherokee é um excelente serviço HTTP e que prima pela simplicidade. A disponibilidade de uma interface gráfica para configuração, é sem duvida uma mais valia pois elimina a barreira que existia para alguns utilizadores no processo de configuração deste tipo de serviços.
Fica prometido para um próximo artigo, como colocar o cherokee com suporte para PHP e MySQL. Até lá testem o Cherokee e descubram todas as configurações possíveis, que normalmente estão “escondidas” nos ficheiros de configuração.
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