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Activision despede funcionários por “linguagem forte” sobre a política de teletrabalho

Com a pandemia da COVID-19, muitas empresas não tiveram outra opção do que colocar os seus funcionários a trabalharem a partir das suas casas. Mas com o abrandamento da situação pandémica, também essas orientações foram diminuindo. Mas as informações recentes indicam que a criadora de jogos Activision Blizzard despediu funcionários devido a estes usarem “linguagem forte” sobre a política de trabalho remoto.


Activision despede por uso de “linguagem forte” sobre teletrabalho

Quando falamos sobre a Activision Blizzard, quase sempre o assunto está relacionado com a polémica compra por parte da Microsoft por mais de 60 milhões de euros. Mas a criadora de jogos tem outros problemas com que se preocupar.

Segundo as informações avançadas pels Reuters, a empresa foi agora acusada por um sindicato de demitir ilegalmente dois testers de jogos por estes usarem uma “linguagem forte” no âmbito de um protesto contra uma nova política da Activision que limita o acesso aos trabalhadores exercerem as suas funções laborais remotamente.

A denúncia foi feita pela Communication Workers of America (CWA) que disse ter apresentado uma queixa ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA nesta terça-feira (1). Com esta queixa, a entidade tem como objetivo conseguir a reintegração na empresa dos trabalhadores demitidos.

Já no passado, a Activision foi acusada pelo conselho trabalhista de ameaçar os funcionários que fizeram publicações nas suas redes sociais sobre as condições de trabalho na empresa e ainda de reter o aumento de salário de funcionários apoiantes dos sindicatos. Mas a criadora negou estas acusações.

O porta-voz da Activision, Joseph Christinat, afirmou que a empresa implementa medidas disciplinares adequadas quando os trabalhadores violam o código de conduta no local de trabalho. Christinat adianta que:

Usar linguagem abusiva, ameaçadora ou de assédio em relação aos colegas é inaceitável e estamos desapontados com o facto de a CWA estar a defender este género de comportamento.

O sindicato diz que a Activision anunciou no mês passado que os seus trabalhadores seriam obrigados a comparecer no local de trabalho três dias por semana a partir de abril. Esta decisão altera assim a política que permitia acordos mais flexíveis de teletrabalho durante a pandemia da COVID-19. As mudançaas não foram bem recebidas pelos funcionários e, segundo a CWA, a empresa demitiu dois testers de jogos que “expressaram a sua indignação através do uso de linguagem forte“.

Segundo Sara Steffens, secretária e tesoureira da CWA, “quando confrontados com um tratamento injusto por empregadores inescrupulosos como a Activision, os trabalhadores devem ter o direito de se expressar“.

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