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Vigilância do Facebook pode chegar ao ponto de saber quando fez sexo pela última vez

O Facebook e a Google são muitas vezes associados como autênticas máquinas de vigilância dos utilizadores. O mais recente indicador nesse sentido é referente ao Facebook. Segundo as últimas investigações, a rede social recolhe vários dados, inclusivamente da atividade sexual dos utilizadores.

A captação deste tipo de dados levanta várias questões éticas e morais, que se tornam especialmente graves tendo em conta a incompetência do Facebook em proteger os dados dos seus utilizadores no passado.


O alerta foi dado pela Privacy International, uma organização sem fins lucrativos em prol da privacidade. Esta organização britânica investigou a atividade que diversas apps enviam para o Facebook. Na seleção destas aplicações, destacam-se as usadas por mulheres para registar o ciclo menstrual, atividade sexual e demais informação sensível.

As aplicações em questão, Maya e MIA Fem, estão a partilhar estes dados com o Facebook para efeitos de publicidade. Mas levantam-se várias questões morais nos seus atos. Segundo o apurado, a partilha de informações e dados através do SDK do Facebook vai muito mais além do que seria expectável e razoável. Além disso, o tratamento que a empresa da rede social dá aos dados é uma incógnita.

As informações partilhadas vão desde o estado de espírito de humor, até aos ciclos menstruais e à atividade sexual do utilizador. A somar a isto, partilham também a intenção de o utilizador engravidar, e alguns dos seus hábitos que são submetidos na aplicação: beber café ou água, fumar e derivados são apenas alguns exemplos.

Especificando os dados transmitidos, a Privacy International descobriu que as apps partilham categoricamente a atividade sexual do utilizador que é submetida na aplicação. Esta informação, que devia ficar alojada localmente, é assim partilhada com o Facebook sem o conhecimento do utilizador.

Estas informações não só incluem a atividade sexual, mas também a indicação se no ato foi usado algum tipo de método contracetivo.

O Facebook já reagiu a esta notícia. Assim, em declarações ao BuzzFeed News afirmou que ia averiguar a situação. Além disso, referiu que podia estar em causa uma violação dos termos de serviço por parte dos programadores das apps. Para efeitos de publicidade não podem ser transmitidas informações sensíveis e dispensáveis para o normal funcionamento do serviço.

Estes problemas de segurança e privacidade não são novos…

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