Imagine abrir o seu smartphone e começar a usar a sua app de mensagens favorita para comunicar com os seus contactos. Estes recebem as suas mensagens e respondem-lhe sem se preocuparem se estão ou não na mesma rede e no mesmo serviço.
Este é um cenário que parece difícil, mas que a União Europeia quer que seja uma realidade em breve. Esta é uma nova posição que a Europa quer impor aos serviços e às empresas por trás das plataformas de comunicação. Apple, Google, Facebook… será que concordarão?
A União Europeia está a preparar um conjunto de medidas que quer implementar e que visam monitorizar e impedir abusos por parte das grandes empresas tecnológicas. Estas tendem a criar as suas regras e a agir da forma como querem, algo que não tem espaço na Europa.
É neste contexto que nasceu o Digital Markets Act, um conjunto de medidas que vão regulamentar parte o mercado digital no espaço europeu. Estas foram agora aprovadas de forma esmagadora, esperando apenas a votação na sessão plenária do Parlamento, em dezembro.
Great news! Today’s @EP_SingleMarket vote brings us one step closer to the #DMA’s adoption. One step closer to a free, fair and competitive #Tech market where all players stand a chance to make it. Congrats @Andreas_Schwab! https://t.co/SkPDSyyxwb
— Margrethe Vestager (@vestager) November 23, 2021
Das várias medidas presentes, como a questão das lojas de apps ou a publicidade dirigida, há uma outra que se está a destacar. Surgiu numa das revisões recentes e quer garantir que todos os serviços de mensagens conseguem conversar entre si.
Sem definir qualquer protocolo específico, a União Europeia espera que as empresas e os diferentes serviços possam chegar a um acordo. Será apenas com a utilização de um protocolo aberto e comum que os serviços de mensagens vão conseguir conversar uns com os outros.
Para a União Europeia este será um processo simples, e que tecnicamente, não é complicado. Apenas vai precisar de um protocolo para enviar e receber mensagens, um padrão para tornar as redes interligadas e interoperáveis. Esta será uma vitória e até Margrethe Vestager já publicou no Twitter uma mensagem a congratular-se com esta vitória.