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A sua Air Fryer está a espiar? Alegadamente, recolhe muitos dados, como gravações de áudio

Os dispositivos inteligentes adornam muitas casas, pela praticidade que lhes está associada. Agora, este tipo de dispositivo, como Air Fryers e smartwatches, estão a ser investigados pela alegada recolha excessiva de dados, nomeadamente gravações de áudio.


Um relatório do grupo de consumidores britânico Which? revelou que os dispositivos inteligentes, incluindo as Air Fryers Xiaomi, da Tencent e da Aigostar, solicitam permissões invasivas, como a gravação de áudio e o rastreio da localização, para funcionarem corretamente.

Alguns desses produtos transmitem informações pessoais para servidores na China, enquanto outros incluem sistemas de rastreio para fins de marketing.

Segundo o Which?, “a investigação encontrou provas de vigilância excessiva de dispositivos inteligentes – desde Air Fryers a pedir autorização para ouvir conversas e partilhar dados com o TikTok, a televisores a quererem saber a localização exata dos utilizadores em qualquer altura”.

 

Dados são recolhidos pelos dispositivos sem que os utilizadores se apercebam

A investigação classificou os produtos em quatro categorias e atribuiu-lhes pontuações globais de privacidade relativamente a fatores como o consentimento e o acesso aos dados que pretendem.

Os investigadores descobriram que a recolha de dados ia frequentemente muito além do que era necessário para a funcionalidade do produto, sugerindo que os dados poderiam, em alguns casos, estar a ser partilhados com terceiros para fins de marketing.

Esta alegação de que Air Fryers e outros dispositivos inteligentes fabricados na China recolhem dados excessivos dos seus utilizadores, incluindo áudios gravados, e enviam as informações pessoais para servidores chineses motivou uma investigação por parte de um organismo de regulação do Reino Unido.

Não havendo qualquer atividade ilegal diretamente declarada, a alegação evidenciou a falta de sensibilização e de consentimento dos consumidores relativamente à utilização dos dados.

Assim sendo, o Information Commissioner’s Office (ICO) planeia publicar diretrizes atualizadas para as fabricantes de dispositivos inteligentes, na primavera de 2025.

Estas regras irão clarificar como as empresas devem obter o consentimento, fornecer informações sobre privacidade e dar aos utilizadores ferramentas para exercerem os seus direitos em matéria de dados.

Empresas como a Huawei defenderam as suas práticas, alegando o cumprimento dos regulamentos. Contudo, as alegações do Which? motivaram críticas relativamente às práticas de recolha de dados, segundo a imprensa.

A nossa investigação mostra como as fabricantes de tecnologia inteligente e as empresas com quem trabalham podem atualmente recolher dados dos consumidores, aparentemente de forma imprudente, e isto é muitas vezes feito com pouca ou nenhuma transparência.

Lamentou Harry Rose, editor da revista Which?.

Numa publicação, o grupo partilhou uma série de exemplos que resultaram na conclusão de que há dispositivos inteligentes a recolher dados excessivamente.

 

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