O mundo continua de olhos postos no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. A guerra é “acompanhada” pelas TVs, mas em tempos de um mundo digital, as redes sociais e outras plataformas denunciam também muita coisa.
Rui Pinto denunciou recentemente a circulação de jatos de oligarcas russos com matrícula portuguesa. ANAC já está a investigar.
Rui Pinto fez publicação no Twitter a denunciar…
A Autoridade de aviação portuguesa já está a investigar denúncias de Rui Pinto sobre jatos VIP russos com matrícula portuguesa segundo revela o Expresso. A garantia foi dada por fonte oficial da ANAC ao jornal.
A denúncia aconteceu no início da semana, tendo Rui Pinto referido que o russo Dmitry Mazepin, presidente da Uralchem Integrated Chemicals Company [grande empresa de produtos químicos] e um dos oligarcas alvo de sanções da União Europeia devido à invasão das tropas de Vladimir Putin na Ucrânia, tinha dois aviões privados ao seu dispor, um deles com uma matrícula portuguesa, que se encontram em Moscovo.
Russian oligarch Dmitry Mazepin and his family have two private jets at their disposal: the CS-DOF (Bombardier Challenger 650) registered in Portugal and the M-INSK (Gulfstream G650) registered in the Isle of Man. Both are currently in Moscow. pic.twitter.com/6umZ5cFuoH
— Rui Pinto (@RuiPinto_FL) March 7, 2022
Ao Expresso, a ANAC confirmou que a aeronave, um Bombardier Challenger 650 com a matricula CS-DOF, se encontra registada no Registo Aeronáutico Nacional (RAN), sendo a empresa proprietária a Halcyon Limited, das ilhas Bermudas. No entanto, a autoridade portuguesa referiu que…
está a analisar as situações pertinentes, incluindo as que vieram a público, veiculadas pelos órgãos de comunicação social, tendo em conta o enquadramento definido na legislação da União Europeia e demais legislação que aplica as sanções, em coordenação com as demais entidades competentes.
Questionada sobre quantos aviões com matrícula portuguesa têm donos russos, a autoridade da aviação civil respondeu que o Registo Aeronáutico Nacional não possui elementos documentais que permitam identificar a nacionalidade das pessoas singulares e atestar que são cidadãos russos.
Detido em prisão preventiva desde 22 de março de 2019, Rui Pinto tem estado atento ao que se passa em Portugal e no mundo. No final de fevereiro, o hacker português já tinha denunciado a circulação de jatos privados russos em espaço aéreo europeu.
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