O serviço Netflix quase dispensa apresentações. O “todo poderoso” do segmento do streaming colapsou mais de 20% em bolsa e tal leva a concluir que o serviço está a perder claramente a perder para a concorrência.
De referir que a empresa confirmou um forte abrandamento no número de subscritores.
Ações da Netflix afundaram 20%
O serviço da Netflix dispensa apresentações e mantém-se como o serviço de streaming mais popular de todos, mas o cenário está a inverter. Depois de ter confirmado que tem havido um forte abrandamento no número de subscritores, as ações da empresa a afundaram 20% no pós-mercado da sessão do Nasdaq de quinta-feira.
A empresa acredita que a concorrência da Disney e da Apple não justificam os resultados, mas que é um fator a considerar.
Os consumidores sempre tiveram muitas escolhas disponíveis para os seus tempos de entretenimento (…) e essa concorrência intensificou-se nos últimos 24 meses à medida que empresas de todo o mundo começaram a desenvolver os seus próprios serviços
Embora esta concorrência adicional esteja a afetar de forma ligeira a nossa taxa marginal de crescimento, continuamos a crescer em todos os países e regiões onde foram lançadas novas alternativas de streaming
Reed Hastings, co-fundador e CEO da Netflix reconhece que o abrandamento do crescimento da Netflix é “frustrante”.
De relembrar que a plataforma de streaming Netflix terminou 2021 com 221,8 milhões de subscritores, um pouco menos do que os 222 milhões esperados. A Netflix prevê apenas 2,5 milhões de novos assinantes para o trimestre atual, perante os quatro milhões conquistados no mesmo período no ano passado.
É preciso recuar a 2010 para encontrar um número tão baixo para um primeiro trimestre, quando o serviço de ‘streaming’ tinha apenas 13,9 milhões de assinantes. A sanção foi imediata em Wall Street, tendo o grupo californiano afundado, na altura, até 20% na bolsa.