É verdade, já se passaram 150 dias (arrancou em 14 de janeiro) desde o início do leilão do 5G. Portugal arrisca-se a ser o último país da Europa a disponibilizar redes de quinta-geração para uso doméstico.
Se o leilão tivesse terminado hoje, o Estado teria arrecadado mais de 433 milhões de euros.
Só Portugal e a Lituânia é que não disponibilizam serviços comerciais 5G
O leilão de 5G chegou hoje ao 150.º dia de licitação principal, quase sete meses após o seu início. De relembrar que atualmente, nos países da União Europeia, só Portugal e a Lituânia é que não disponibilizam serviços comerciais 5G.
Se o leilão tivesse terminado hoje, o Estado teria arrecadado mais de 433 milhões de euros (incluindo a licitação dos novos entrantes de 84,3 milhões de euros), bastante acima do montante indicativo de 237,9 milhões de euros.
De referir que a ANACOM alterou recentemente o regulamento do leilão para acelerar o processo. O objetivo passa por inibir a utilização dos incrementos de valor mais baixo que os licitantes podem escolher, 1% e 3%, tendo por objetivo acelerar, mais uma vez, o ritmo do leilão.saber mais aqui.
A licitação principal inclui os operadores Altice Portugal (MEO), NOS, Vodafone Portugal, Nowo (Másmovil) e também a Dense Air, e visa a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz (mega-hertz), 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, depois de uma primeira fase exclusiva para novos entrantes.
A faixa 3,6 GHz, com 40 lotes, é a única que tem sido alvo de ofertas — mais precisamente desde 05 de março –, com 194,5 milhões de euros, contra 193,7 milhões de euros na véspera.
O processo tem sido bastante contestado pelas operadoras históricas, envolvendo processos judiciais, providências cautelares e queixas a Bruxelas, considerando que o regulamento tem medidas “ilegais” e “discriminatórias”, o que incentiva ao desinvestimento. No mundo já existem 180 operadoras a disponibilizar serviço (veja aqui quais são). Também já são conhecidos os países onde a rede 5G é mais rápida – ver aqui .