Normalmente, aquando da realização de uma reserva no Airbnb, os anfitriões não conhecem os seus potenciais hóspedes, pelo que o primeiro contacto acontece através da fotografia e do nome que é dado. Agora, no estado americano de Oregon, o Airbnb decidiu que os nomes dos hóspedes serão ocultados até a reserva estar confirmada.
A medida pretende acabar com a discriminação na hora de aceitar, ou não, uma reserva.
Através de uma nova atualização, em Oregon, nos Estados Unidos da América (EUA), o Airbnb está a tomar medidas, por forma a combater a discriminação por parte dos anfitriões da sua plataforma. Para já, a medida entrará apenas em vigor no estado americano, pelo que os restantes hóspedes terão de continuar a lidar com o problema.
A partir do dia 31 de janeiro, os anfitriões registados no Airbnb apenas terão acesso às iniciais dos primeiros nomes dos seus hóspedes, até que a reserva seja confirmada. Depois de o anfitrião aceitar a reserva, já será possível aceder ao nome completo do hóspede.
Embora tenhamos feito progressos, temos muito mais a fazer e continuar a trabalhar com os nossos anfitriões e hóspedes, e com líderes de direitos civis para tornar a nossa comunidade mais inclusiva.
Referiu o Airbnb.
Airbnb quer acabar com a discriminação dentro da plataforma
Esta medida surge para combater um problema acerca do qual nem todos estarão a par. Segundo o The Oregonian, em 2017, Patricia Harrington, residente em Portland, entrou com uma ação judicial contra o Airbnb. A lesada alegou que a empresa responsável pela plataforma estava a permitir que os anfitriões discriminassem potenciais hóspedes, por exigir que estes revelassem o seu nome completo e incluíssem uma fotografia.
Mais do que isso, em 2016, um estudo levado a cabo pela Harvard Business School descobriu que aqueles com nomes afro-americanos eram 16% menos suscetíveis de serem aceites pelos anfitriões do que potenciais hóspedes idênticos com nomes americanos.
Quando questionado sobre a alteração apenas se aplicar no estado de Oregon, o Airbnb revelou que a implementação será limitada, porque o “impacto desta mudança é desconhecido”. Assim sendo, de acordo com Liz DeBold Fusco, porta-voz da empresa, o resultado será avaliado, por forma a perceber se existem aprendizagens e vantagens a ser retiradas da nova medida.
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