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Domínio AI.com, da OpenAI, aponta agora para a empresa de Elon Musk!

Parece que o domínio AI.com, que antes redirecionava os utilizadores para o ChatGPT, aponta agora para o site da recém-formada empresa de IA de Elon Musk, xAI, apenas alguns meses depois de o CEO da OpenAI, Sam Altman, ter aparentemente comprado o domínio no início deste ano.


Elon Musk “tomou conta” do domínio do seu rival?

A mudança foi detetada pela primeira na quarta-feira passada, deixando todos a tentar adivinhar o que se está a passar nos bastidores. Embora o corretor de domínios Saw.com tenha dado a entender ao Mashable que a OpenAI era a antiga proprietária do AI.com em fevereiro, a sua propriedade nunca foi confirmada. Esta última mudança de mãos, entretanto, foi feita sem se ouvir sequer um pio.

Quem quer que o tenha comprado – um bom palpite é Musk – não deve ter sido barato. Os domínios curtos são pouco numerosos e proibitivamente caros, e é provável que esta compra tenha sido superior a vários milhões de dólares.

Sendo o homem mais rico do mundo com um gosto singular por uma certa letra do alfabeto, Musk já possui vários domínios de uma letra, incluindo X.ai e o ainda mais raro X.com. Não seria de esperar que ele conseguisse mais uma destas raridades de domínio, especialmente se isso significar ganhar vantagem – ou dar um grande “F-you” – aos seus velhos amigos da OpenAI.

Samuel Harris Altman é um empreendedor, investidor e programador americano. É conhecido por ser o presidente da aceleradora Y Combinator e da OpenAI.

Uma inteligência artificial contra a outra

Altman e Musk, que juntos cofundaram a OpenAI em 2015, não se viram desde que o último saiu da empresa em 2018. Nos anos que se seguiram, a startup de IA passaria de sem fins lucrativos para efetivamente ter fins lucrativos, uma decisão que Musk criticou publicamente. Provavelmente não lhe agradou que, no final de 2022, a OpenAI se destacasse como líder em IA com o sucesso de bilheteira do ChatGPT.

Desde que o chatbot se tornou uma sensação global e cultural, Musk aumentou as suas críticas a Altman e OpenAI, acusando o seu principal produto de ser “woke”.

O termo woke tornou-se sinónimo de políticas liberais ou de esquerda, que defendem temas como igualdade racial e social, feminismo, o movimento LGBTQIA+, o uso de pronomes de género neutro, o multiculturalismo, o ativismo ecológico e o direito ao aborto.

O magnata multimilionário “brincou” abertamente com a possibilidade de criar uma IA anti-“woke” e, em julho, anunciou a criação da X.ai, prometendo, na sua linguagem clássica de “filósofo em par-time”, “compreender a verdadeira natureza do universo”.

Estas últimas peripécias com o domínio podem ser vistas como mais uma escalada de Musk, que, sem um produto de IA real para entregar neste momento, tem de se basear numa postura de “poker face”.

A compra do AI.com tem um valor simbólico e prático, codificando literalmente o X.ai nos anais da Internet como sinónimo da própria inteligência artificial e ganhando tráfego daqueles que estavam habituados a escrever o domínio quando este os levava ao ChatGPT.

No entanto, é duvidoso que a aposta dê frutos. Afinal, o historial de Musk com empresas com a marca X continua a ser duvidoso.

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