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Amazon restringiu bens LGBTQIA+ nos Emirados Árabes Unidos

É durante o mês que pretende celebrar o orgulho LGBTQIA+ que a Amazon anuncia que vai começar a restringir os resultados de pesquisa dos bens relacionados com a comunidade, nos Emirados Árabes Unidos.

A decisão surgiu na sequência da pressão exercida pelas autoridades do estado do Gulf.


Estamos no Pride Month: um mês que visa comemorar os anos de luta pelos direitos civis e pela busca contínua da igualdade de justiça para com os membros da comunidade LGBTQIA+. Apesar dessa procura, nem todos os cantos do mundo garantem direitos a esta comunidade cada vez maior e mais forte.

Por exemplo, a Amazon decidiu restringir os resultados de pesquisa relacionados com pessoas e questões LGBTQIA+, nos Emirados Árabes Unidos. Conforme adianta o New York Times, esta decisão surgiu na sequência da pressão exercida pelas autoridades do estado do Gulf, que ameaçaram a empresa com sanções.

Nos Emirados Árabes Unidos, as relações amorosas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo são ilegais, e as manifestações de apoio aos direitos LGBTQIA+ são considerados uma ofensa.

Apesar de defender a diversidade e os direitos de equidade, a Amazon alega que precisa de cumprir as leis que vigoram nos países onde atua.

Como empresa, continuamos empenhados na diversidade, equidade e inclusão, e acreditamos que os direitos das pessoas LGBT+ devem ser protegidos.

Com as lojas Amazon em todo o mundo, temos também de cumprir as leis e regulamentos locais dos países em que operamos.

Esclareceu a gigante do retalho.

 

Direitos LGBTQIA+ ainda não estão garantidos

De acordo com a BBC News, no início deste mês, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Kuwait disse ter convocado um diplomata americano, para protestar contra um tweet da embaixada dos EUA que apoiava os direitos LGBTQIA+. Nesse, estava ilustrada a bandeira com o representativo arco-íris acompanhado de uma mensagem de apoio, que citava o Presidente Joe Biden, em comemoração do Pride Month.

Tendo em conta isto, os funcionários de Kuwait, teceram críticas à embaixada por “apoiar a homossexualidade” e exigiram que tal não voltasse a acontecer. Isto, porque Kuwait não reserva quaisquer direitos LGBTQIA+ aos seus cidadãos. Aliás, no país, a homossexualidade é ilegal.

Ainda segundo a BBC News, também este mês, as autoridades da Arábia Saudita apreenderam brinquedos decorados com arco-íris e roupas de criança, alegando que esses itens encorajam a homossexualidade.

 

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