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IA treinada por humanos está perto de os substituir

Na China, o número de postos de trabalho para ilustradores desceu substancialmente. Porquê? A Inteligência Artificial (IA) otimiza o fluxo de trabalho…


A indústria dos videojogos, na China, não estava na sua melhor fase quando, em 2021, o cenário descambou ainda mais: o país decidiu que não queria que os seus cidadãos se viciassem em jogos e, por isso, introduziu uma proibição que ditava que os menores de 18 anos só podiam jogar durante uma hora por dia às sextas-feiras, sábados e domingos.

Nessa altura, segundo o Xataka, houve milhares de criadores a perder o seu trabalho. Nas palavras de Amber Yu, uma ilustradora freelancer, as coisas mudaram drasticamente.

Atualmente, as empresas para as quais a ilustradora costumava trabalhar conseguem executar ilustrações semelhantes em apenas alguns segundos, recorrendo à DALL-E 2, Midjourney e à Stable Diffusion. Por isso, agora, as suas tarefas passam por fazer pequenos ajustes e correções às imagens geradas pela IA.

Se antes recebia entre o equivalente a 400 e 950 euros por cada trabalho, com a IA, o valor passou a corresponder a “um décimo”.

Um outro artista, que trabalha em Guandong, na China, partilhou que o seu modo de vida, bem como o dos seus colegas, foi “subitamente destruído”. Isto, porque, se antes podiam criar uma cena ou personagem num dia, agora, conseguem criar 40, recorrendo à IA. Assim, apesar de mais produtivos, admite estarem também mais exaustos. Conforme partilhou, é “desprezível” que um sistema treinado por humanos esteja prestes a substituí-los.

A indústria transformou-se de tal forma que, segundo Leo Li, um olheiro de artistas na indústria dos videojogos, o número de postos de trabalho destinados a ilustradores viu-se reduzido em 70%, em 2022. Por serem tão capazes, os sistemas de IA motivam questões sobre a necessidade de tantos funcionários.

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