Mais uma vez, os Estados Unidos da América (EUA) alertam que os modelos de Inteligência Artificial (IA) da chinesa DeepSeek são uma “ameaça profunda” para a segurança nacional.
Na quarta-feira, um comité bipartidário da Câmara dos EUA recomendou a imposição de restrições à exportação de modelos de IA para a China, após concluir que a DeepSeek treinou os seus modelos de baixo custo com dados do ChatGPT da OpenAI.
Se este assunto parecia distante, após terem sido levantadas muitas preocupações relativamente à recolha, armazenamento e utilização dos dados pela DeepSeek, no início deste ano, os EUA não esqueceram.
DeepSeek volta a estar sob escrutínio
Num novo relatório, o comité bipartidário da Câmara concluiu que a DeepSeek envia dados dos utilizadores para a China.
Especificamente, o House Select Committee on China concluiu que a DeepSeek representa uma “ameaça profunda” à segurança nacional dos EUA por recolher dados de utilizadores americanos e enviá-los de volta para a China.
Os legisladores afirmam, segundo a imprensa, que o fundador da DeepSeek, Liang Wenfeng, controla a empresa, bem como um fundo de cobertura chamado High-Flyer Quant, com ligações a laboratórios de investigação ligados ao Governo chinês.
Este relatório surge um dia depois de a administração de Donald Trump ter colocado restrições à exportação de chips NVIDIA H20 para a China, num grande golpe para a empresa.
Segundo a Bloomberg, este novo relatório da comissão da Câmara dos Representantes dos EUA foi motivado pela OpenAI. Citada no documento, a empresa de IA alegou que os funcionários da DeepSeek “contornaram as barreiras de segurança” para extrair resultados de raciocínio e acelerar o desenvolvimento a um custo menor.
Além disso, disse que a startup chinesa usou os seus modelos “para classificar as respostas do modelo e filtrar e transformar os dados de treino”.
Conforme já vimos, anteriormente, o Governo dos EUA receia que a China utilize a IA para fazer avançar os seus objetivos geopolíticos.