A Nintendo acaba de anunciar o fim do seu programa de criadores, que obrigava todos os criadores de conteúdo a estarem inscritos nesta plataforma sempre que quisessem usar material com direitos de autor da Nintendo em vídeos remunerados.
A partir do próximo mês, os criadores são livres de usar a imagem da Nintendo em material monetizado… sob algumas regras, claro.
O fim da Internet paira sobre a Europa. As grandes entidades associadas à propriedade de Direitos de Autor querem ver os seus direitos mais protegidos na Internet, as grandes empresas da tecnologia não querem ser obrigadas a bloquear tudo o que tenha direitos de autor com o qual não tenham acordos, os criadores de conteúdo não querem ver o seu trabalho bloqueado e o público, evidentemente quer continuar a ter acesso livre a todas as criações.
E as grandes marcas, quererão ver a sua imagem simplesmente apagada de um mercado tão grande quanto o da Europa? A resposta é óbvia e a Nintendo começa a mostrar o que é o caminho para uma Internet livre e, quem sabe, ainda mais justa.
Será que as empresas querem deixar de ver a sua marca nas redes sociais?
A resposta a esta questão é óbvia. A Apple vai querer continuar ver os seus AirPods nas orelhas dos jogadores de futebol no Instagram. A Nike vai querer continuar a ver perfis onde os atletas usam as suas sapatilhas. A DreamWorks fará questão que o Shrek continue a fazer parte dos cenários dos vídeos de milhares de YouTubers…
É publicidade gratuita que as marcas estão a receber por milhares de “influenciadores”, e será que vão tomar uma posição rígida para que isto acabe?
Nintendo entra em ação e dá respostas
A Nintendo é uma das poucas empresas criadoras de jogos com um programa de criadores, ou seja, um programa onde os criadores de conteúdo, para ganharem uma remuneração em plataformas de partilha de conteúdo, como o YouTube, por exemplo, têm que estar inscritos neste programa. Sendo assim, os criadores são remunerados diretamente pela Nintendo e não pelo YouTube.
Aliás, quem não fizer parte deste programa vê os seus vídeos a serem desmonetizados, realidade que levou ao descontentamento de muitos criadores pelo mundo inteiro. Mas esta realidade vai acabar e os conteúdos da Nintendo vão poder passar a ser monetizados nestas plataformas.
Desde que cumpras algumas regras básicas, não nos oporemos à utilização de vídeos de jogabilidade e/ou imagens de jogos cujos direitos de autor são propriedade da Nintendo (“conteúdos de jogos Nintendo”) nos materiais que criares para sites de partilha de vídeos e imagens apropriados.
Estas são a palavras da Nintendo em resposta à contestação de muitos criadores e chega na altura de toda a polémica gerada em torno do artigo 13.
Os vídeos criados pela Nintendo, músicas completas, sequências de jogos, trailers promocionais, ou uma simples transmissão do jogo, continuarão salvaguardados e não poderão ser partilhados em canais monetizados.
Já análises críticas aos jogos, transmissões do jogo onde o jogador inclui uma parte criativa, com comentários ou efeitos especiais, imagens da Nintendo poderão continuar a ser partilhadas livremente, podendo com isto o criador de conteúdo “gerar receita com os seus vídeos e canais, usando os métodos de monetização especificados pela Nintendo”.
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