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Xiaomi ultrapassa Apple e lança botão home ultra-sónico

Embora, por vezes, conhecidas por “copiar a tecnologia”, algumas empresas chinesas começam a mostrar que também conseguem lançar algumas novidades para o mercado.

Um bom exemplo disto é o caso recente da Xiaomi, que apresentou um novo flagship, o Mi 5s, acompanhado de uma tecnologia que se pensa que a Apple poderá incluir no seu iPhone de 2017.

Embora a Xiaomi não tenha estado nos seus melhores momentos ultimamente, insistindo em lançar vários modelos muito idênticos no mercado, presenteou-nos recentemente, durante um evento em Beijing, com dois novos flagships, o Mi 5s e o Mi 5s Plus.

Alguns rumores já anteviam novidades, mas não se esperava algo como o que foi apresentado. A Xiaomi revelou no seu Mi 5s um botão home com sensor de impressões digitais ultra-sónico, uma tecnologia similar à que a Apple patenteou em Abril e que, segundo os rumores, pretende incluir no seu próximo iPhone.

Antes de passarmos ao novo sensor, é importante conhecer melhor este modelo. O Xiaomi Mi 5s possuí um ecrã de 5,1 polegadas IPS FHD suportado por um processador Qualcomm Snapdragon 821, uma GPU Adreno 530 e 3/4 GB de RAM, estando disponível nas opções de armazenamento de 64 e 128 GB.

Para fotografia incorpora uma câmara principal de 12 MP com OIS, PDAF, duplo flash LED e gravação de vídeo em 4K. A câmara frontal é de 4 MP.

Adicionalmente, conta ainda com um sensor de impressões digitais no botão home, uma conexão LTE, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac, Bluetooth 4.2 LE, GPS com A-GPS e Glonass, NFC, Infravermelhos, uma porta USB Tipo-C e uma bateria de 3200 mAh com carregamento rápido. Vem equipado com Android 6.0 personalizado com a interface MIUI 8.  

Sensor de impressões digitais ultra-sónico

Os sensores de impressões digitais surgiram nos smartphones por mão da Motorola em 2011. Embora não se tenha tornado logo uma moda, ao longo dos tempos têm ganho importância, sendo considerados agora como uma das características quase obrigatórias em qualquer smartphone. Mas, dentro dos diferentes sensores usados actualmente, podemos distinguir três versões: óptico, capacitivo e ultra-sónico.

O sensor óptico é a tecnologia mais antiga para reconhecimento de impressões digitais. Para o seu funcionamento, usa fotografias da impressão digital, capturadas por uma câmara digital especializada, que utiliza algoritmos para detectar padrões únicos. A eficácia deste sensor depende da qualidade da fotografia que, por sua vez, depende da qualidade da pele.

O sensor mais utilizado actualmente é o capacitivo. Para o seu funcionamento utiliza um largo número de transístores usados para reconhecer detalhes da impressão digital graças a uma camada dérmica (condutora de electricidade). Este tipo de sensor é mais seguro que o óptico, mas, devido a um maior número de componentes, é também mais caro.

Por último, surge a tecnologia apresentada pela Xiaomi no Mi 5s, o sensor ultra-sónico. Para o seu funcionamento, utiliza os princípios da ultra-sonografia para criar imagens virtuais da impressão digital. São utilizadas ondas de ultra-som que são emitidas pelo vidro quando o dedo é pousado no sensor. Esta tecnologia permite um reconhecimento muito mais rápido e eficaz, estando menos condicionado pela sujidade dos dedos.

Este é um sensor que, segundo alguns rumores, pode vir a equipar o novo iPhone em 2017, onde a Apple poderia colocar o botão home por baixo do ecrã, criando uma parte frontal totalmente em vidro. Rumor ou não, a Apple já patenteou uma tecnologia idêntica a esta em Abril, apresentada agora pela Xiaomi.  

Mi 5s Plus

Além do Mi 5s, a Xiaomi apresentou também, no mesmo evento, uma versão maior, o Mi 5s Plus. Neste modelo podemos encontrar um ecrã IPS de 5,7 polegadas FHD, suportado pelo processador Qualcomm Snapdragon 821 e GPU Adreno 530. As opções de armazenamento mantém-se as mesmas, mas existe uma alteração na RAM com a versão de 64 GB de armazenamento a trazer 4 GB de RAM e a versão de 128 GB a estar equipada com 6 GB de RAM.

Na fotografia, a Xiaomi introduziu uma câmara dupla que, ao contrário da câmara dupla do Redmi Pro (que analisámos aqui), possuí duas câmaras de 13 MP com um sensor RBG e outro monocromático que funcionam em conjunto para melhorar a qualidade final da fotografia, algo próximo daquilo que a Huawei criou com o seu Huawei P9. Para vídeo, suporta uma qualidade máxima de 4K a 30 fps.

Vem  também equipado com um sensor de impressões digitais ultra-sónico no botão home, uma conexão LTE, Wi-Fi 802.11 a/b/g/n/ac, Bluetooth 4.2 LE, GPS com A-GPS e Glonass, NFC, Infravermelhos, uma porta USB Tipo-C e Android 6.0 personalizado com a interface MIUI 8. Na versão Plus, a capacidade de bateria é aumentada para 3800 mAh, também com tecnologia de carregamento rápido.

Com estas novidades, a Xiaomi espera conseguir atacar de novo o mercado e recuperar alguma da força que tem perdido nos últimos tempos.

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