De acordo com várias fontes, a indústria automóvel alemã pagou testes em laboratório considerados inaceitáveis. Segundo o que foi revelado, o objetivo era expor durante várias horas, macacos e humanos, a dióxido de carbono para medir níveis de emissão de carros a diesel.
O Governo alemão já veio dizer que estas práticas são injustificáveis e absurdas.
Depois do famoso caso DieselGate, há um novo escândalo que volta a envolver a indústria automóvel alemã. Segundo o New York Times, a Volkswagen, a Daimler (que detém a Mercedes-Benz) e a BMW financiaram um estudo em que macacos foram submetidos a fumos tóxicos emitidos por motores a diesel.
De acordo com o que revela o jornal, os testes foram encomendados pelo Grupo Europeu de Pesquisa Ambiental e de Saúde no Sector dos Transportes (EUGT, na sigla original alemã), um organismo inteiramente financiado pela Volkswagen, a Daimler e a BMW, que, entretanto, encerrou perante críticas e dúvidas relativas à sua atividade.
O objetivo do estudo era saber quais os motores a diesel que não trariam perigos para a saúde pública. Em outros trabalhos, o mesmo organismo financiado pela indústria automóvel alemã, contestou as conclusões da Organização Mundial de Saúde que, em 2012, considerou que os fumos dos combustíveis fósseis eram cancerígenos e tentou lançar dúvidas sobre se a exclusão de automóveis mais antigos dos centros urbanos reduziria a poluição, revela o Público.
Um relatório do Parlamento Europeu, revela que só em 2012 morreram cerca de 72 mil pessoas na Europa devido à poluição provocada por dióxido de azoto, que tem sobretudo origem em veículos com motor a diesel.