Os dispositivos móveis vieram revolucionar a utilização de equipamentos e a forma como nos ligamos à informação. A chegada dos wearables veio mudar ainda mais este paradigma e criar uma aproximação ainda maior.
Mas a verdade é que estes novos dispositivos, mesmo com todo o interesse que geraram nos utilizadores, acabaram por ficar com as vendas em níveis muito abaixo do esperado e em particular a aposta da Google acabou por não dar os frutos esperados.
Do universo dos dispositivos wearable que foram lançados no ano de 2014 esperava-se que a Google e o seu sistema operativo Wear tivesse uma predominância grande.
As razões para esta ideia baseia-se no facto de a maioria dos equipamentos disponíveis no universo de dispositivos wearable estarem baseados neste sistema operativo.
Esta era a vontade da Google quando apresentou o Android Wear e queria que esta plataforma fosse uma base de trabalho que as grandes empresas produzissem os seus dispositivos, de forma fácil e com uma interface a que os utilizadores estavam habituados.
Mas números agora apresentados pela empresa Canalys vêm mostrar uma realidade completamente diferente. Segundo esta empresa de análise durante o ano de 2014 fora vendidos cerca de 4.6 milhões de dispositivos wearable.
Dadas as expectativas que haviam para este mercado este número acaba por ser bastante reduzido. Mas pior performance de vendas teve a Google e o Android Wear.
Os números da Canalys revelam que do total de dispositivos vendidos apenas 720000 eram equipados com Android Wear.
Over 720,000 Android Wear devices shipped in 2014 out of a total of 4.6 million smart wearable bands. Though the Moto 360 remained supply constrained through Q4, Motorola was the clear leader among Android Wear vendors. LG’s round G Watch R performed significantly better than its original G Watch, while Asus and Sony entered the market with their own Android Wear devices.
É também curioso ver os equipamentos que mais sucesso tiveram neste mercado, e associados ao Android Wear não foram os primeiros modelos mas sim as actualizações que surgiram depois, muito mais aproximadas ao que se entende como um relógio.
O grosso das vendas estiveram em equipamentos muito mais longe do que se pode associar a um relógio, estando este lugar atribuído a dispositivos Wearable com funções acessórias.
Exemplos desses dispositivos estão nos que podem funcionar como smartbands e como dispositivos associados ao fitness.
Há ainda uma opinião de um analista da Canalys, Daniel Matte, que afirmou ao The Wall Street Journal que não gosta muito do Android Wear, definindo-o como “não muito bom”.
Este profissional afirmou também que ainda não há sistemas operativos para dispositivos wearable tão bons como os que estão disponíveis para smartphones e tablets.
Os números apresentados foram uma novidade ou eram na verdade esperados?