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Vem aí um novo Magalhães? António Costa diz que será ainda melhor

Quem não se lembra do projeto Magalhães criado pelo executivo de José Sócrates? Em setembro de 2008 chegavam às escolas portuguesas as primeiras unidades e estava lançado no mundo um dos mais inovadores projetos alguma vez conseguidos, onde os computadores eram “distribuídos” por todo o ensino básico de um país. Em 2010 foi lançado o Mg2 – O Magalhães versão 2.

Agora, face à pandemia por causa do novo coronavírus, o primeiro-ministro português, António Costa, referiu que existirá acesso universal à Internet dos alunos dos ensinos básico/secundário e disponibilização de equipamentos informáticos.


Projeto Magalhães? Será muito melhor que isso…

Depois das intenções, António Costa confirmou agora que o Governo vai garantir acesso à internet a todos os alunos do ensino básico e secundário. O primeiro-ministro referiu ainda que serão disponibilizados “equipamentos informáticos” e que esta nova iniciativa será “muito mais” que o projeto Magalhães original.

Assumimos um objetivo muito claro: vamos iniciar o próximo ano letivo assegurando o acesso universal à rede e aos equipamentos a todos os alunos dos ensinos básico e secundário

É muito mais do que ter um computador ou um tablet. É ter isso e possuir acesso garantido à rede em condições de igualdade em todo o território nacional e em todos os contextos familiares, assim como as ferramentas pedagógicas adequadas para se poder trabalhar plenamente em qualquer circunstância com essas ferramentas digitais

António Costa

António Costa tem consciência do investimento, mas refere que “é essencial e é uma medida de prevenção do risco de pandemia”. O primeiro-ministro considera ainda que este é o momento para “adaptação das escolas a uma nova situação”…

De facto, a necessidade aguçou o engenho e em duas semanas avançou-se mais na literacia digital do que seguramente se teria avançado em muitos anos de uma ação programada. Temos de aproveitar este impulso para cumprir aquilo que era uma das grandes metas do programa do Governo: Acelerar a transição para a sociedade digital

As desigualdades são muito mais persistentes do que aquilo que muitas vezes se pensa e, quando elas se diluem na mesma sala de aula, elas acentuam-se quando cada um vai para as suas casas. Ou por insuficiência da infraestrutura de comunicação, ou por falta de equipamentos, ou por diferentes de habitação, ou, ainda, por diferentes contextos familiares, essas desigualdades tornam-se mais visíveis. Por isso, o recurso à televisão, obviamente, é um contributo para mitigar essa desigualdade, mas aquilo que temos de superar é mesmo essa desigualdade

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