A ciência continua a dar provas que está à altura dos desafios da atualidade. As vacinas até agora produzidas, num tempo recorde, têm revelado níveis de eficácia muito interessantes.
A empresa de biotecnologia norte-americana Novavax revelou recentemente que os ensaios clínicos da vacina contra a COVID-19 revelou uma eficácia de 89,3%.
Vacina Novavax não tem tecnologia de RNA
Os resultados dos testes de fase 3 da vacina Novavax são bastante promissores (tal como já aconteceu com outras vacinas). De acordo com o administrador da empresa, Stanley Erck, “A NVX-CoV2373 tem o potencial de desempenhar um papel importante na solução desta crise de saúde pública global”.
No entanto, nem tudo são boas notícias. A vacina é muito menos eficaz contra a variante identificada pela primeira vez na África do Sul, que os cientistas consideram ser mais contagiosa.
Os ensaios clínicos, conduzidos no Reino Unido, envolveram 15.000 pessoas com idades entre 18 e 84 anos, 27% das quais tinham mais de 65 anos. A primeira análise interina foi baseada em 62 casos de COVID-19, dos quais 56 foram observados no grupo de placebo, contra seis casos entre aqueles que receberam a vacina NVX-CoV2373.
A análise preliminar da empresa indica que a variante identificada pela primeira vez na Inglaterra, B.1.1.7, foi detetada em mais de 50% dos casos confirmados.
A Novavax revelou, entretanto, que começou a investigar novas vacinas contra variantes emergentes no início de janeiro e espera fazer a triagem de vacinas candidatas ideais nos próximos dias, antes de iniciar os testes clínicos no segundo trimestre.
Ao contrário do que acontece com as vacinas da Pfizer e Moderna, que utilizam tecnologia de RNA, a injeção da vacina Novavax inclui fragmentos do coronavírus que permitem desencadear uma resposta imunológica no corpo humano.