Assim como outros países da Europa, a Áustria não regista uma percentagem satisfatória de vacinados contra a COVID-19. Ao mesmo tempo, o número de infetados não para de aumentar. Depois de impor o confinamento aos não vacinados e de, posteriormente, o alargar a toda a população, a Áustria anunciou que a vacina passará a ser obrigatória.
A notícia foi avançada pela emissora pública ORF.
Na sexta-feira, o chanceler austríaco Alexander Schallenberg anunciou que o país entraria, a partir da segunda-feira seguinte, em confinamento, por forma a conter uma quarta vaga de infeções. Esse confinamento era essencialmente direcionado para os não vacinados. Aliás, segundo Alexander Schallenberg, a medida foi aplicada também como incentivo à vacinação.
No entanto, tendo em conta a crescente incidência de novos casos, o governo anunciou não ter outra escolha senão estendê-lo a toda a população. Assim, durante 10 dias, pelo menos, a maioria das lojas fecharia e os eventos culturais seriam cancelados. Inicialmente, o novo confinamento exigia que os estudantes ficassem todos em casa. Mais tarde, o ministro da saúde da Áustria Wolfgang Mueckstein revelou que as escolas estariam abertas e disponíveis para aqueles que precisassem, apelando, ainda assim, aos pais para, se possível, manterem os filhos em casa.
De acordo com a ORF, Schallenberg sublinhou que a Áustria não quer uma quinta, uma sexta, nem uma sétima vaga. Portanto, a partir do dia 1 de fevereiro, o país tornará as vacinas contra a COVID-19 obrigatórias.
A mesma fonte adianta que o confinamento nacional durará 10 dias. Contudo, se por essa altura os casos não tiverem diminuído, o governo da Áustria admite a hipótese de o prolongar durante até um máximo de 20 dias.
Nos últimos sete dias, a Áustria comunicou mais de 10.000 novos casos de infeção diários, considerando uma população de cerca de nove milhões de pessoas. Além disso, os hospitais têm sido sobrecarregados com novos pacientes, e as mortes não têm parado de aumentar.
Leia também: