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UPS aposta forte no projeto de entregas com drones

Há uns anos que ouvimos falar nas entregas de mercadorias recorrendo a drones. Também sabemos que tudo, até agora, não passou de “testes” e muito marketing à mistura. Mas e se realmente for um investimento que tem pernas para andar?

Foi batizado de “HorseFly” (mosca varejeira?!?!?) e é o novo drone da UPS que está integrado num projeto híbrido de entregas, onde a sua base de lançamento é um icónico camião de entregas da empresa. Parece um filme de ficção… mas a realidade já se mistura!

Todo o processo parece muito arrumado. Há um camião carregado com encomendas que funciona como um carregador que alimenta o drone, despachando essas encomendas a partir do carro de apoio. Abre-se uma porta por cima do camião e este tem já o destino marcado. Depois de entregar, volta às sua base, no topo do veículo, onde é de novo recarregado e programado para mais uma entrega.

 

Drones correios

Sim, tem laivos de Star Wars mas, na verdade, o que se procura é o método ideal, o que permite a um operador ter total controlo da operação de programar e de alimentar o drone.

No “papel” e no vídeo que vimos em cima, tudo parece fantástico e perfeito. Nesta mostra que foi dada a conhecer ao TechCrunch… nada corre mal, até porque o carro está estacionado num campo aberto em Tampa, Florida.

 

Demonstração trágica

Mas não é bem assim tudo perfeito. As repórteres que acompanharam uma segunda demonstração não oficial do HorseFly para a UPS na segunda-feira, notaram que algum tipo de interferência – possivelmente das câmaras que estavam a fazer a transmissão – causou um problema com a bússola do drone. O drone abortou o seu lançamento, tentou pousar em cima do camião da UPS, caiu para o lado e quase foi esmagado pela tampa ainda fechada do veículo. “Nós nunca tínhamos visto isto antes”, referiu o responsável pela demonstração visivelmente surpreso e incomodado com o que se havia passado.

Este tipo de problema mostra que ainda há muito a fazer. No meio de uma entrega se por motivos de interferências um drone deste calibre se despenha em cima da cabeça de alguém, certamente não será uma mosca a pousar. Há um largo caminho a traçar até que estes veículos possam circular livremente dentro de áreas onde a sua atividade se cruza com as pessoas nas cidades.

Claro que de um ponto de vista mais amplo, é sóbrio para os fãs de entrega de drone – se existirem – haver já este tipo de modernidade. Contudo, a regulamentação e autorização deste tipo de iniciativas, ao cargo da Federal Communications Commission (FCC), abre mais o espetro e o meio de comunicação fica ainda mais lotado com as ondas rádio dos novos gadgets que irão invadir o nosso espaço.

 

Mas há solução?

Há anos que as empresas lutam para poderem isolar as ondas rádio por forma a não haver ruído e interferências. Uns simples auscultadores sem fio sofre com a saturação do espetro… imagine-se agora um drone.

 

Mas a Amazon não tem já este projeto em estado avançado?

Pelo que se dá a perceber… a Amazon usou bem o marketing. Segundo o que parece, a Amazon basicamente fingiu a sua primeira demonstração de entrega de drones voando com um pacote super leve. Este apenas voou algumas centenas de metros numa área remota da Inglaterra. A UPS, e tem de ser dado esse crédito, conseguiu fazer uma demo em condições mais realistas, mas não funcionou… claro!.

Podemos estar enganados, mas iremos ainda demorar muitos anos até vermos passar os correios com as encomendas.

Via: Techcrunch

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