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Ucrânia: Rússia desesperada com os estragos provocados pelos mísseis americanos HIMARS

Os mísseis americanos HIMARS em mãos do exército da Ucrânia estão a causar estragos aos militares russos, que desesperam com a ineficácia dos seus esforços para os neutralizar. Contudo, parece que os estrategas da Rússia têm um novo plano.

Recentemente os russos perderam duas das suas mais avançadas aeronaves abatidas pelas suas próprias defesas antiaéreas quando tentavam destruir, sem sucesso, os modernos mísseis americanos.


Ucrânia: HIMARS americanos estão a dar cabo dos russos

Apesar de atualmente a guerra na Ucrânia não ser abertura dos telejornais, não quer dizer que o conflito esteja a melhorar. Provavelmente está até pior do que no passado. Contudo, os ucranianos contam agora com mais tecnologia fornecida pelo ocidente, sobretudo pelos americanos. Trata-se mais especificamente dos M142 High Mobility Artillery Rocket System (HIMARS) que estão a deixar os soldados russos em sobressalto.

Estes mísseis, que os ucranianos utilizam habilmente, estão a ter uma enorme eficácia na destruição de inúmeros armazéns e infra-estruturas essenciais à logística das tropas de Vladimir Putin. Um exército sobrecarregado pela sua falta de experiência e pelo estado antiquado da sua tecnologia militar incapaz de destruir as baterias americanas de longo alcance, que se movem rapidamente após disparos para evitar tornarem-se alvos.

 

A solução de Putin serão os ataques com drone “Kamikaze”

Conforme foi recentemente relatado, os militares russos aumentaram a sua utilização de munições destrutivas, popularmente conhecidas como “drones kamikaze”. Estas armas, que a Ucrânia está a utilizar com grande sucesso na defesa contra a brutal invasão ilegal do seu país, oferecem uma vantagem crítica sobre os ataques com armas tradicionais tais como artilharia, aviões convencionais ou mísseis de cruzeiro.

Dependendo do modelo, os drones kamikaze podem pairar durante horas, voando sobre o terreno como aves de rapina à procura de uma vítima. Combinados com outros drones de reconhecimento, podem cobrir áreas relativamente grandes e descer sobre o alvo quando este é detetado.

A Lancet-3 é a munição “kamikaze” mais avançada da Rússia e já começou a atingir alvos na Ucrânia

Esta técnica poupa os passos de um ataque convencional, que requer a localização do inimigo, a coordenação com a artilharia ou a aviação e a colocação das armas necessárias em posição. Quando as forças russas estiverem prontas para contra-atacar, as baterias HIMARS já terão desaparecido. Daí a sua frustração.

No entanto, no caso das munições teleguiadas, a arma já se encontra no ar. Se localizar um alvo, um operador só tem de ordenar o ataque, como pode ser visto no vídeo abaixo:

O drone utilizado pelas tropas russas para destruir este camião que reboca uma peça de artilharia ucraniana é um Lancet-3 modificado, equipado com um explosivo de cinco quilos e um alcance de uma hora.

 

Limitações sérias no lado da Rússia

De acordo com o analista do Centro de Análise Naval (CNA) e perito em drones russo Samuel Bendett, o Ministro da Defesa russo Sergey Shoigu declarou recentemente que o principal objetivo russo neste momento é eliminar as armas de mísseis e de artilharia de longo alcance da Ucrânia.

Para o conseguir, diz Bendett, a única maneira é utilizar estes drones kamikaze. Agora, se podem implementar este plano ‘kamikaze’ é outra questão. Resta saber se drones de ataque russos como o Lancet-3 são capazes de fazer o seu trabalho ou se, como já foi demonstrado inúmeras vezes durante este conflito, são apenas mais um falhanço militar industrial russo.

Além da falta de precisão do material russo, há outro problema. A Rússia não deverá ter unidades necessárias destas máquinas para cobrir um vasto território durante tempo suficiente para retirar uma destas baterias HIMARS de longo alcance.

O Ministério da Defesa disse que queria esta capacidade ontem, e tenho a certeza que a fábrica Kalashnikov está agora a trabalhar em excesso, mas a Rússia precisa de centenas destes drones no ar para ter impacto contra as forças ucranianas.

Disse o perito militar, também conselheiro do Centro para a Nova Segurança Americana (CNAS).

Apesar de a fábrica Kalashnikov poder fabricar muitos, mas não os necessários, também padece de outro problema. Estes equipamentos precisam de tecnologia (chips e não só) de fabrico ocidental. Estas sanações estão a limitar severamente a produção industrial militar russa.

Não obstante, a Rússia poderá contar com o apoio iranianos, enviando os seus drones. No entanto, é mais do que duvidoso. De momento e felizmente, a batalha contra os HIMARS americanos – que também continuam a crescer em número – parece perdida por agora.

Esta é uma razão para algum otimismo. Embora Putin continue a sua conquista quilómetro a quilómetro, com um preço muito elevado em vidas e hardware militar. Segundo informações, já há indícios de que a Rússia parece estar a caminhar para um colapso lento e inexorável dos seus sistemas militares. E tudo graças, em grande parte, a estas baterias americanas de longo alcance e ao resto do apoio ocidental.

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