Vários investigadores estão preocupados com a onda de desinformação no X (antigo Twitter) no meio do conflito Israel-Hamas. Agora é a vez do Comissário Europeu para o Mercado Interno e Serviços, Thierry Breton, que avisou Elon Musk de que a plataforma está a ser utilizada para difundir conteúdos ilegais.
Numa carta, o Comissário recordou Musk que a rede social de microblogging é obrigada a cumprir as regras de moderação previstas na Lei dos Serviços Digitais (DSA).
Isto é particularmente relevante no que diz respeito a conteúdos violentos e terroristas que parecem estar a circular na sua plataforma.
Afirmou Breton, numa parte do texto publicado na terça-feira à noite.
Notícias falsas alimentadas por imagens manipuladas
O responsável europeu apelou ainda à tomada de medidas relativamente a conteúdos potencialmente ilegais que já circulam na plataforma e à adoção de medidas de mitigação para resolver o problema. O responsável referiu ainda que as organizações da sociedade civil estão a reportar a presença de informações falsas e imagens manipuladas. Por exemplo, fotos antigas de conflitos não relacionados.
Neste contexto, Breton apela a Musk para “garantir urgentemente” a eficácia dos sistemas do X e a informar as autoridades competentes das medidas adotadas.
Exorto-o a dar uma resposta rápida, exata e completa a este pedido nas próximas 24 horas.
Disse o comissário, não esquecendo de referir que o incumprimento do DSA pode levar a sanções.
https://twitter.com/elonmusk/status/1711832919335976991
Musk foi rápido a responder, pelo menos publicamente, através do X.
A nossa política é que tudo seja de fonte aberta e transparente, uma abordagem que sei que a UE apoia.
Disse o empresário num post dirigido a Breton. Pediu também que Breton enumerasse as regras que o X está a infringir “para que o público as possa ver”.
Desde que Musk comprou o Twitter em outubro de 2022, a rede social transformou-se substancialmente. O CEO da Tesla promoveu uma grande variedade de mudanças, muitas das quais não foram isentas de controvérsia. Estas incluem o corte da equipa de moderação de conteúdos e, mais recentemente, a remoção de títulos de pré-visualização.
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