Os testes de velocidade das operadoras são ferramentas muito usadas pelos utilizadores, não apenas para verificarem a velocidade a que se ligam à Internet, mas também para saberem se existe algum problema com as suas ligações.
A NOS parece que levou estes testes mais longe e o seu speedmeter está a recolher informações sobre os utilizadores (que não devia) e a espalhar vírus.
O caso foi denunciado recentemente e mostra que o teste de velocidade da NOS estava a realizar mais funções do que era esperado para um serviço deste tipo. Para além de realizar a função esperada, medir a velocidade do acesso à Internet, estava a recolher informações das máquinas onde o teste era realizado e para isso usava uma aplicação que era considerada vírus.
A nova versão do teste de velocidade da NOS passou a usar uma aplicação dedicada, obrigando os utilizadores a descarregá-la e a executá-la. Sem ser fornecida qualquer informação adicional aos utilizadores, esta aplicação está a ser identificada como um vírus pelas principais ferramentas de deteção, como o VirusTotal.
Além disso, uma análise mais profunda dessa aplicação revela que esta descarrega outra app e que recolhe e envia informação sobre o computador onde está a ser executada.
Esta informação é sensível e vai desde as aplicações que estão a ser executadas até à existência de ligações a redes 3 ou 4G e a software de gestão destas ligações. Há ainda o envio de informação sobre as apps instaladas no PC e as interfaces de rede existentes.
O problema, para além do envio de informação para os servidores da NOS em modo desprotegido (HTTP e não HTTPS), está na recolha de informação sem qualquer informação ou consentimento por parte do utilizador.
Entretanto, e para resolver este problema, a NOS reverteu para a versão anterior do seu speedmeter, não usando por agora a aplicação que antes estava a ser usada.