Os canais de partilha de notícias de jornais e revistas são muito populares no Telegram e também no WhatsApp. Esta prática, no entanto, é ilegal e viola os direitos autorais. Segundo dados recentes, os meios de comunicação social nacionais registaram perdas potenciais superiores a 3,5 milhões de euros/mês devido a estas práticas.
Agora, o Telegram, depois da pressão ao Governo, o Telegram encerra 11 canais.
O bloqueio em Portugal dos canais de partilha de jornais e revistas no Telegram estava dependente da Inspeção Geral Das Atividades Culturais (IGAC), mas hoje foi conhecida a decisão.
Segundo a Visapress, entidade para a proteção e gestão integrada do conteúdo patrimonial dos Direitos de Autor, designadamente dos proprietários de jornais, revistas e outras publicações periódicas, foram hoje encerrados 11 canais no Telegram que violavam direitos autorais.
Telegram encerra canais de partilha de jornais e revistas em Portugal
Tendo como base a Lei 82/2021 e na sequência do pedido de bloqueio dos grupos e canais efetuado pela entidade à IGAC , a rede social procedeu então ao encerramento destes canais.
Recorde-se que, diariamente, através do Telegram estão a ser “reproduzidos e colocados à disposição do público ficheiros que contêm publicações periódicas, protegidas pelo direito de autor e conexos, o que resulta no enorme prejuízo para os autores das obras”.
É certo que o encerramento destes canais é apenas um pequeno passo nesta luta.
Existiam até ontem grupos de Telegram com mais de 60.000 pessoas. Isto representa 60.000 vezes que as obras são vistas sem que seja comprado o jornal ou uma revista o que, para Carlos Eugénio, diretor executivo da Visapress, é um enorme prejuízo para o setor e para a qualidade do conteúdo.
Os meios de comunicação social nacionais contabilizam perdas potenciais superiores a 3,5 milhões de euros/mês devido à partilha de jornais e revistas em redes sociais, segundo dados partilhados recentemente.