Uma das notícias em destaque ontem foi o não envio de SMS por parte da Proteção Civil neste cenário de emergência. As primeiras declarações por parte do organismo foi que foram usados meios de comunicações mais eficazes.
No entanto, segundo informações, as SMS de alerta da Proteção Civil não foram enviadas por falta de “voluntários”.
O “novo” sistema da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), que deveria alertar as populações por SMS para situações de emergência não funcionou quando era preciso. Miguel Cruz, adjunto de operações da ANEPC, admitiu que “a opção passou por trabalhar mais a ligação com as populações via comunicados de imprensa com a colaboração dos órgãos de comunicação social“.
No entanto, segundo noticia de hoje do JN, o envio das SMS de alerta à população está dependente do voluntarismo dos funcionários do “call center”. Os voluntários têm antecipadamente de se disponibilizar para realizar este serviço, já que não há gente suficiente.
O JN apurou junto de funcionários que, a 16 de dezembro, quando se analisou a possibilidade de remeter aos portugueses informação via SMS, tendo em conta o avanço das depressões Elsa e Fabien, não haveria meios humanos suficientes para responder a tal exigência.
900 mil euros pagos à Vodafone, NOS e MEO por SMS
De relembrar que este serviço custou ao estado 900 mil euros. Cada operadora (Vodafone, NOS e MEO) receberam um valor de 245 mil euros, mais o pagamento do respetivo IVA, para um período de 381 dias, sendo que os primeiros 15 dias seriam de testes.
O contrato com as 3 operadoras inclui avisos sobre incêndios, situações meteorológicas adversas, cheias, tsunamis, entre outros. Tendo em conta o valor pago, não faz muito sentido que este tipo de serviço esteja dependente de “voluntariado”.
O presidente da ANEPC, Mourato Nunes, referiu, numa mensagem natalícia enviada aos colaboradores, que vai “exigir um acentuado reforço” e instalações funcionalmente apropriadas”.