A medida já começará a ser implementada em 2024. A Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos afirma ter iniciado um processo para forçar a adoção de tecnologia para deteção de condução sob o efeito do álcool. Tolerância zero aos condutores embriagados!
Condutores embriagados serão travados pelo “balão” do seu carro!
As autoridades norte-americanas responsáveis pela segurança automóvel afirmaram, na terça-feira, ter iniciado o processo que acabará por obrigar os fabricantes de automóveis a adotar novas tecnologias para impedir que condutores embriagados ponham os veículos em andamento.
Em 2021, o Congresso deu instruções à Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário (NHTSA) para impor uma tecnologia passiva para tentar evitar mais de 10.000 mortes na estrada anualmente. A lei exige uma norma de segurança tecnológica até novembro de 2024, caso a tecnologia esteja pronta.
Várias tecnologias atualmente em desenvolvimento poderiam potencialmente impedir que pessoas alcoolizadas ligassem um veículo, incluindo sensores baseados na respiração ou no toque para detetar o álcool. Outra opção potencial é a utilização de câmaras para monitorizar os movimentos dos olhos para tentar determinar se os condutores estão intoxicados.
Ainda assim, a NHTSA tem de ter a certeza de que a tecnologia funciona antes de a poder exigir e, depois, dar aos fabricantes de automóveis pelo menos três anos para a implementarem assim que finalizar as regras.
Estamos a tentar ver se conseguimos fazê-lo, se a tecnologia existe de uma forma que funcione sempre.
Disse Ann Carlson, a administradora da NHTSA, acrescentando que a aceitação pública da tecnologia dependeria da sua precisão.
Segundo esta administradora da NHTSA, nos EUA existem diariamente mais de mil milhões de viagens diárias de carro.
Se a precisão for de apenas 99,9%, pode haver um milhão de falsos positivos. Estes falsos positivos podem ser alguém a tentar chegar ao hospital para uma emergência.
Disse Carlson, realçando que não pode haver uma tecnologia “mais ou menos precisa”.
Tecnologia tem de ser muito precisa, acima dos 99,9%
A NHTSA publicou na terça-feira um “aviso de proposta de regulamentação” para iniciar o processo de recolha de informações sobre a forma como esta tecnologia pode ser desenvolvida e exigida.
O aviso detalha a investigação e os avanços tecnológicos necessários para finalizar os regulamentos e as opções para potenciais regras, citando a “deteção do teor de álcool no sangue, a deteção de incapacidade (monitorização do condutor) ou uma combinação”.
Tess Rowland, presidente da Mothers Against Drunk Driving (MADD), disse que o grupo estava “muito satisfeito” com o lançamento da NHTSA.
Compreendemos que ainda temos uma montanha para escalar. Vítimas e sobreviventes não vão deixar isso morrer.
Disse Rowland.
Nos EUA, em 2021, 13.384 pessoas morreram em mortes no trânsito por condução sob o efeito do álcool. Em Portugal, segundo as autoridades, a condução sob o efeito do álcool é responsável por mais de uma em cada 5 mortes em acidentes rodoviários.
Por cá, uma medida similar já havia recebido uma pré-aprovação da Comissão Europeia em 2019, que balizava 2022 como o ano de implementação deste dispositivo.