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Rui Pinto: O hacker português vai sair da prisão e colaborar com a PJ

Com a pandemia por causa do novo coronavírus foram muitos os temas que deixaram de ser falados. Um deles foi claramente o “Rui Pinto”, o hacker português que foi acusado de vários crimes. No entanto, de acordo com notícias recentes, o hacker aceitou colaborar com a Justiça, saindo da prisão preventiva, onde se encontra há precisamente um ano.

Rui Pinto vai agora ficar em prisão domiciliária.


Detido em prisão preventiva desde 22 de março de 2019, Rui Pinto vai agora começar a colaborar com a justiça português. Segundo as informações da TVI, o hacker português vai passar a trabalhar lado a lado com os elementos da PJ, diariamente, no combate a fenómenos de criminalidade económico-financeira que as suas intrusões informáticas têm permitido desvendar em diferentes áreas da sociedade.

A TVI revela ainda que este acordo de colaboração, validado pela juíza de instrução Cláudia Pina num despacho de três páginas, prevê atenuantes na medida da pena face à previsível futura condenação por vários crimes de acesso ilegítimos e, para já, o aligeirar das medidas de coação. Rui Pinto deixa a prisão e passa a viver na PJ, com segurança 24 horas por dia.

Rui Pinto vai desencriptar os 10 discos rígidos aprendidos…

O pirata informático comprometeu-se, no entanto, a desencriptar os 10 discos externos que a PJ lhe apreendeu na Hungria, com terabytes de informação, mas que ainda não conseguiu abrir. A TVI refere ainda que há suspeitas que emails e outra documentação contenham verdadeiras bombas-relógio no que diz respeito a corrupção no futebol e teias de influências na política, no mundo dos negócios, da banca ou no setor da advocacia.

Em comunicado, os advogados William Bourdon, Francisco Teixeira da Mota e Luísa Teixeira da Mota adiantaram ainda que esperam que sejam “dados passos no sentido da total liberdade do constituinte”, congratulando-se com a revogação da medida de coação..

A defesa de Rui Pinto congratula-se com esta decisão e confia que outros passos serão dados no sentido da total liberdade do seu constituinte, cujas revelações já muito contribuíram para o combate à grande criminalidade, nomeadamente no âmbito do crime económico”

Rui Pinto foi acusado pelo Ministério Público, em setembro de 2019, dos crimes por acesso ilegítimo, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão. Em suma, a acusação defendia que o hacker havia enriquecido os seus conhecimentos técnicos e de equipamentos que lhe permitiram, sem autorização, aceder a sistemas informáticos e a caixas de correio de terceiros. O criador do Football Leaks usava a plataforma, com a finalidade de expor e denunciar várias situações suspeitas do futebol.

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