Recibos de leitura – Google Apps já os têm disponíveis
Os recibos de leitura são, sem qualquer margem para dúvidas, a função que falta ao Google Docs mais pedida pelos nossos leitores. Sempre que se apresentam novas funcionalidades deste serviço de email da Google é recorrente aparecer a pergunta sobre os recibos de leitura.
A Google não está de certeza atenta ao que os leitores do Pplware escrevem, mas resolveram agora disponibilizar esta funcionalidade, sem bem que restrita a um tipo de utilizadores das Google Apps.
Para já esta nova e desejada funcionalidade está apenas disponível para quem tem contas Google Apps for Business e Google Apps for Government. Os restantes utilizadores ficaram para já excluídos do acesso a esta funcionalidade. O serviço de recibo de leitura está disponível tanto dentro de um domínio de uma organização, bem como para fora. Podem ser pedidos recibos em mensagens enviadas para dentro e fora das organizações.
O recibo de leitura é uma funcionalidade que muitos softwares de leitura de email implementam, para que os emissores de uma mensagem tenha a confirmação de que a mensagem que enviaram foi lida pelo se destinatário. Esta resposta é enviada apenas caso o receptor entenda que a pretende enviar. Apesar de ser uma funcionalidade muito útil, a Google alerta para que não deve ser feita confiança nesta funcionalidade:
Do not rely on read receipts for certifying mail delivery. Although read receipts generally work across email systems, you may sometimes get a receipt for an unread message or not get a receipt even though the recipient has read the message.
No caso do serviços de email da Google, existem dois modos de envio de recibos de leitura. Um modo manual, em que o utilizador decide se pretende ou não enviar este recibo, e um modo automático, em que a resposta é enviada sem ser requerida a intervenção do utilizador.
Este segundo modo apenas funciona dentro dos endereços de email de uma organização e numa lista de endereços definida pelo gestor do domínio.
Esta nova funcionalidade deve ser activada na interface de gestão das Google Apps. Acedam à página de definições e procurem por "Email read receipts". Devem escolher se pretendem que os recibos sejam enviados de forma manual ou automática. Caso escolham a segunda opção devem ainda definir os endereços que estão abrangidos.
Apesar de ser uma funcionalidade pedida por muitos utilizadores do serviço de email, a Google preferiu disponibilizá-la primeiro aos seus utilizadores que pagam para ter acesso ao serviço.
Não existe qualquer informação sobre a possibilidade de esta funcionalidade ser estendida aos restantes utilizadores das Google Apps ou do Gmail.
Será este o início da disponibilização de funcionalidades específicas para os utilizadores que têm serviços pagos na Google?
Se assim for esta posição vai contra todas as que a Google tem praticado?
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Este artigo tem mais de um ano
O que eu gostava mesmo era de poder fazer anotações nos emails, coisas do tipo post-it. Google, se estás a ler, toca a implementar!
Viva A. Lopes,
Mas tu isso já tens algo no próprio gmail que te faz isso. Chamam-se tarefas. Quando entras num determinado email, na parte superior ao lado dos marcadores tens um botão que diz “mais opções”. quando clicas ai tens lá algo que diz “Adicionar às tarefas”. Depois de o fazeres vai-te abrir o menu das tarefas e basta editares a entrada e escreveres o que queres. Sempre que desejares consultar vais às tarefas e está pronto.
Cumprimentos,
Manuel Rocha
Nunca me tinha apercebido dessa opção. Por acaso vai dar jeito 😉
O que me interessava mesmo é a possibilidade de receber recibos DE ENTREGA do email, de forma automática, sem pedir autorização ao destinatário do email. Como o outlook e o thunderbird tem…
Já praticamente nenhum servidor de e-mail responde a esses pedidos. Gera tráfego, em teoria estás a duplicar o número de e-mails nos servidores. Se enviaste um e-mail e não recebeste um erro de volta é porque foi entregue (99,99%). Repito, esse recibos de entrega já não servem para nada porque é raríssimo o servidor que responde. Os de leitura ficam ao critério do destinatário. Por isso não há uma forma 100% segura de saber se foi entregue, mas como disse, se não recebeste um erro de volta o mais provável é que o tenha sido…
Não sabia isso de os servidores não responderem…
O que existe (ainda) e é muito bom, é a MDDE, dos CTT, em que tens o recibo de entrega – o serviço é pago.
O problema é que uso o Ubuntu geralmente e não consigo instalar o mdde lá…
Obrigado!
O e-mail do sapo sempre teve essa opção.Para não dizer que tem mais espaço que o Gmail.
Nem tudo o que é da Google é bom, existem outros fornecedores de serviços que em certos casos até são melhores.
É uma questão de escolher.
Os recibos de leitura não são um standard do protocolo de e-mail, por isso nunca foram implementados pela google. Nada te garante que um destinatário os veja, basta que esteja a usar um cliente que não os suporte, porque como disse não são standard. E se vir, nada te garante que responda (eu não respondo a nenhum, porque o meu cliente de e-mail é o Gmail e ele não tem essa função 😀 ). Posto isto, a sua utilidade é muito reduzida e a google tinha mais onde gastar o tempo. Como disse em cima, se não recebeste um erro de volta depois de enviares um e-mail o mais provável é ele ter sido entregue.
“eu não respondo a nenhum, porque o meu cliente de e-mail é o Gmail e ele não tem essa função”
O Gmail não tem opção de resposta? Era isso que querias dizer?! -.-
Se enviarem um e-mail com pedido de recibo de leitura para o gmail, não aparece nada a quem recebe porque o gmail não implementa os recibos de leitura.
Existem 2 tipos de recibos:
Leitura: é solicitado ao destinatário que envie uma resposta de volta a dizer que leu o e-mail, fica ao critério do mesmo responder ou não. Só é visualizado se o cliente de email (onde estamos a ler o e-mail) suportar. (ex: Outlook e thunderbird – sim. Gmail – não)
Entrega: É automático, significa que o e-mail foi aceite pelo servidor, é o próprio servidor de e-mail de destino que responde e é independente do cliente de mail e do utilizador. Praticamente já nenhum servidor de mail responde a estas solicitações.
Nem mais, Gerardo. Resumiste bem a inutilidade dessa… praga!
Os recibos de leitura, além de não serem um standard, e além da sua inutilidade prática, nunca poderão ser enviados sem autorização do destinatário (ao contrário do que muita gente deseja), por uma questão óbvia de privacidade (sei que ninguém aqui se referiu a isto, mas é algo que ouço frequentemente).
Cumps.
Mas se é assim tão inutil, porque será que a Google os está a implementar e para já só para certas elites e não para o publico em geral?
Será que é uma praga assim que só agora a Google está a dar os primeiros passos nesse sentido.
Deve ser uma incoerência aquilo que estas a falar, pois dizes que é uma praga, que é inútil, mas a Google está a fazer exactamente o contrario.
Essa função já existe se usares um cliente de e-mail, como Thunderbird, Outlook ou Evolution mesmo com o Gmail, agora o que não estava implementado era via Webmail.Portanto e seguindo o teu raciocínio e de outras pessoas mais acima será assim uma perda de tempo o que a Google está a fazer? Será que a Google perde tempo com coisas que não servem para nada?
Acho muito provavelmente estarás enganado.
Mas é só a minha opinião e aceito a tua, agora não concordo é com ela.
Olá Jack,
Quando disse que era uma praga, referia-me à experiência pessoal que tive com a coisa quando usava clientes de e-mail no desktop. Toda a gente que usava isso simplesmente usava… sempre! Quando não se sabe o que se está a fazer tudo é prioritário e tudo precisa de recibo de leitura.
Claro que isto é apenas mais uma funcionalidade do Gmail, como as estrelinhas, ou as tags, que cada um gosta de usar ou não. Na minha opinião, é uma funcionalidade que pode ser melhorada, e pode ter utilidade (e tem, principalmente em meios empresariais, daí a opção da Google!).
Quanto a standard. Talvez, mas com que fim? Assim de repente, lembro-me destas possibilidades:
1. Para teres informação de leitura do destinatário (humano)? Ok, desde que opcional e dê para desactivar.
2. Para teres essa informação de leitura automaticamente, sem autorização do destinatário (humano)? Impossível.
3. Para teres essa informação em troca da leitura da mensagem pelo destinatário (humano), i.e, o “aviso de recepção” do snail mail? Para quê, se o mail enviado sem isso, segundo julgo saber, já serve como prova judicial (desde que passível de peritagem)?
É a minha opinião, falível.
Abraço a todos!
Gerardo tens razão. Embora acredite que para muita gente é uma opção importante, para mim é inútil e não permito que alguém saiba quando leio a minha correspondência.
Mas isso sou eu, para muita gente pode ser importante.
Desculpa lá Vitor M.
Mas quando peço um recibo de leitura não é para saber quando lês a tua correspondência, mas neste caso a minha.Eu é que peço a informação se tu lês-te a minha correspondência.
É um feedback para eu saber que tu a lês-te.
Oh Jack. Quando ele se está a referir “… a minha correspondência…” é claro que ele se está a referir à correspondência recebida, não?
Também estou plenamente de acordo. E isto vindo de alguém como eu que sou um dos adeptos de um sistema novo de email com “notas de envio”, sou suspeito. Mas o motivo seria outro como alguns estarão recordados. Alem do mais, devem estar por aqui alguns leitores que agora vêem isto com bons olhos (só mesmo porque foi a Google que criou) e andaram a criticar o meu modelo de combate ao SPAM.
Já agora, oh vitor, os RFC são dirigidos a quem? Estou a criar um para submeter para apreciação.
Eu acho que devia ter sido criado um standard para isso mas um pouco diferente.
E funcionaria tal como as cartas registadas, em que alguém sabe quando lês a correspondência…
Ao receber um destes mails, ao abri-lo o remetente era automaticamente avisado. Claro que antes de ler o mail teria de haver um aviso. Se o destinatário recusar enviar o recibo de entrega, não pode ler o mail.
Ora aí está Redin.
Em seguimento à tua resposta o que posso dizer é que o que estamos a discutir é o novo serviço da Google que para muitas pessoas não passa de uma inutilidade, mas quando tens correspondência urgente e que tem de ter uma resposta imediata o recibo de leitura pode dar muito jeito, pois se a pessoa a quem o enviaste te enviou o recibo em como a leu a responsabilidade da resposta pode passar para a essa pessoa, pois foi confirmado que ele a leu e não pode vir cá com desculpas de que não recebeu nada ou que ainda não viu o correio. Concerteza que será nesta linha de pensamento que a Google está a implementar este serviço. Provavelmente este tipo de serviço será muito importante para empresas.
100% de acordo.
Não percebo a preocupação com a treta da privacidade.
O princípio é o mesmo de uma carta registada. Ou recebes e envias notificação ou não lês. Implementava exactamente igual no mail. Ou notificas e lês, ou não abres o mail.
Sou contra os recibos de leitura por questões de privacidade. Primeiro, se queres comunicar algo urgente, penso que um email não será a forma mais apropriada, mas sim um telefonema. Mas isso é a minha opinião.
Quanto ao recibo em si, existem alguma dificuldades que impedem essa transferência de responsabilidade, nomeadamente o instante em que o recibo é enviado de volta.
1) Se for no início, e imediatamente depois houver um corte de energia, então o destinatário não teve como ler a mensagem, mas o recibo foi enviado. Neste caso a responsabilidade fica do lado a pessoa que, em todo o caso, foi impedida de ler o email. Podes sempre alegar que a energia falhou e nunca mais te lembraste de voltar a ver o mesmo email…
Se for um tempo depois, então o destinatário pode simplesmente imprimir o email antes de o recibo ser enviado, eliminar o email, ler o papel que imprimiu, e mesmo assim ter a segurança de a responsabilidade ter ficado do lado do emissor.
Em qualquer dos casos, seria sempre possível puxar o email para um computador (por exemplo com o Outlook ou outro qualquer), desligar a Net, ler os emails e no fim apagar tudo, de forma a que os recibos de leitura nunca teriam oportunidade de chegar ao emissor.
Para já a questão do telefonema não é bem assim, uma factura ou uma planta não se explicam pelo telefone, tens de ver. Os recibos como existem não servem de muito, mas um tipo de recibo em que só lias o mail se respondesses ao recibo era bastante interessante. Tipo carta registada. O meu servidor enviava-te o mail encriptado e perguntava se o querias ler, se dissesses que sim recebias a chave de desencriptação e eu sabia que leste, se não (estás no teu direito, como uma carta registada), não lias. Eu como emissor estou no meu direito de exigir que me informes se lês o MEU mail.
Sem concordar ou discordar da tua opinião, diz-me, porque razão haveria eu de ser obrigado a dizer-te se leio ou não um mail teu?
Desde quando a minha liberdade de escolha tem de ser condicionada pelo que tu entendes por teu direito?
Gostava que me explicasses o teu ponto de visto, quando a esse direito que falas.
Não te consigo responder directamente por causa dos botões de reposta desaparecidos.
“Desde quando a minha liberdade de escolha tem de ser condicionada pelo que tu entendes por teu direito?”
Em todo o mundo existem cartas registadas. Parece que todos os sistemas nacionais de correio acham que a tua liberdade deve ser condicionada pelo que o remetente quer. Se EU te envio um mail, a informação lá contida é MINHA, pelo que tenho todo o direito de a partilhar contigo sob determinadas condições. TU tens todo o direito de recusar essas condições e não ler. Mais não é do que a evolução daquilo que já existe no correio físico.
Estou perfeitamente de acordo com o Gerardo. Desde que eu peça o recibo de leitura não quer dizer que tu o lês-te , quer dizer que tu recebes-te o meu e-mail e se lês-te ou não o problema já não é meu. É exactamente como uma carta registada: assinas-te em como a recebeste e se a lês ou não o problema é teu. Parto do principio que se assinaste é porque a recebeste e se entendeste o conteúdo da mensagem ou não o problema já passa a ser teu. Exactamente como o correio físico.Se não queres assinar o recibo de entrega da correspondência também não a lês. Mas no correio fisico ainda existe mais: é que no registo simples o carteiro entrega a carta e assina-a ele e tu perante a lei foste informado da entrega do correio sem ser preciso sequer o teu consentimento para o tal “recibo de entrega”. Desde que o carteiro a assine em como a deixou na tua caixa de correio nem que seja uma multa de estacionamento tens um prazo de pagamento desde a data de entrega e caso não o faças entras em incumprimento e por mais que digas que não recebeste nada perante a lei o incumpridor és tu . Pois a carta foi entregue sem a tua assinatura em como a recebeste.
Transportando para o mundo virtual o recibo de leitura em como recebi a mensagem deveria ser um serviço em quem quisesse o pudesse enviar quando solicitado pelo remetente. Caso a pessoa não o queira enviar o remetente poderá sempre entrar em contacto por um outro meio para se certificar que ele o recebeu. Mas quem estiver de boa vontade e sabendo quem é o remetente não custa nada fazer um clic…
Amigo João. Se houver um corte de energia não acontece nada porque o email é enviado para a tua caixa de correio e não para o teu computador. Sempre que queiras, logo que ligas o PC o Email emtra na caixa. Agora é só leres. Entendido?
Este tipo de serviço a ser implementado para as empresas ( e já agora para particulares) poderá ser um pouco como uma armadilha no que se refere à “caça as listas de endereços”.
No Outlook da Microsoft este conceito está amplamente desenvolvido porque dentro dos utilizadores “Exchange” será fácil detectar a proveniência do correio. Mas para projectos baseados na web não se prevê que venha a funcionar.
A intenção é boa e somente por isso a Google está a tentar implementa-lo.
Boas,
Não posso deixar de comentar este artigo.
Neste momento a única funcionalidade que me falta no gmail é o envio de recibos de entrega/leitura.
Nos e-mails enviados diariamente para colegas e amigos, é obvio que apenas serve de trafego inútil.
Mas em e-mails formais, como laborais, de confirmação de dados com algum fornecedor, ou seja, como prova escrita de algo importante, que contrariando um comentário que li, que se for importante usa-se o telefone, é mentira, o uso da chamada em questões de prova valem 0.
A não totalidade destes serviços de leitura é uma das situações que impede que os e-mails enviados sejam assumidos como comprovativo oficial. A grande diferença de um e-mail para um fax, é que o fax obriga a uma validação e confirmação de envio a todos os fax enviados.
Percebo a opinião de quem diz que não utiliza. Mas não impeçam que outros possam utilizar.
Abraço
Quem assim fala não é gago. Um Email deve ser como uma carta registada com aviso de recepção. Um telefonema não tem valor nenhum, é palavra contra palavra. Depois quem tem a razão?